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Pesquisadores assinam Termo de Outorga de projetos contemplados em Edital Interno da COPDE

Três projetos que não obtiveram pontuação para gerenciamento pela FUNDEP serão executados com recursos próprios do IPEN

Pesquisadores coordenadores dos três projetos de pesquisa submetidos no Edital Interno-COPDE/IPEN No 6/2020 e que serão financiados com recursos do próprio Instituto estiveram reunidos nesta sexta-feira, 8, às 10h, para a assinatura dos respectivos Termos de Outorga. A sessão solene aconteceu na sala do Conselho Superior e contou com a presença da titular da Coordenação de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE), Isolda Costa, diretora substituta, e do superintendente do IPEN, Wilson Calvo.

De acordo com Fernando Moreira, gerente do Escritório de Gestão de Projetos (SEEGP), os três projetos foram apresentados juntos àqueles 43 que foram para a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), que gerencia os recursos, cujos Termos de Outorga foram assinados em 20 de dezembro de 2021. "Esses três não obtiveram a pontuação mínima para chegar à Fundação. Então, o CTA do IPEN, diante da importância dos mesmos, resolveu financiar com orçamento próprio do Instituto”, explicou.

O Conselho Técnico-Administrativo (CTA) do IPEN já havia adotado esse mesmo procedimento por ocasião do Edital 4. No âmbito do SEEGP, portanto, os três projetos continuam vinculados ao Edital 6, o mesmo gerenciado pela FUNDEP. "Entretanto, vão seguir um caminho diferente, sendo financiados pela casa. É um reconhecimento ao valor que agregarão ao IPEN e à sociedade como um todo”, reiterou Moreira. Segundo ele, o fato de os avaliadores serem externos pode, algumas vezes, limitar a compreensão da importância das propostas.

O exemplo que mais se enquadra nessa hipótese é o do projeto "Aplicação de inteligência artificial para caracterização química de materiais no galpão de salvaguardas, IPEN/SP”, coordenado pelo pesquisador Marcos Antonio Scapin, do Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA). Por meio a espectrometria de fluorescência de raio x (FRX), espera-se identificar e quantificar as características nucleares de materiais guardados em depósitos do Instituto.

"É possível que os avaliadores não tenham entendido como pesquisa e sim como serviço. E é um serviço, mas que requer estudos, envolve tecnologia e inovação, e é de extrema importância para o IPEN. Então, ficamos bastante satisfeitos quando fomos comunicados de que a casa iria financiar o nosso projeto”, afirmou Scapin. A FRX é uma técnica analítica não destrutiva, que pode ser utilizada para determinar a composição química de uma ampla variedade de tipos de amostras, incluindo sólidos, líquidos, pastas etc..

O outro projeto contemplado é "Modernização do Difratômetro de Nêutrons do IPEN”, coordenador pelo pesquisador Mauricio Moralles, do Centro do reator de Pesquisa (CERPq). O objetivo é reativar um difratômetro de nêutrons que está parado devido a alguns problemas técnicos e ao envelhecimento do equipamento em si. "Nossa proposta é colocar esse equipamento para funcionar, pois ele é muito importante para a área de física de materiais e análise de materiais em geral”, explicou Moralles.

Segundo ele, o difratômetro de nêutrons complementa a técnica FRX e por isso é um instrumento essencial para as pesquisas do Instituto. "Não víamos outras maneiras de conseguir recursos para reativar esse equipamento. A notícia de que o IPEN decidiu apoiar o nosso projeto foi muito bem-vinda. Ele é complementar a uma técnica muito conhecida, que é de difração de raio x, para análise de materiais cristais, estruturas mais cristalinas de materiais”, acrescentou.

O pesquisador ressaltou que o nêutron tem uma vantagem em relação ao raio x: permite que ver a estrutura magnética, ou seja, como o magnetismo é formado dentro dos materiais. "Além disso, o nêutron consegue, com essa técnica proposta, enxergar posicionamentos de átomos de hidrogênio ou átomos mais leves, o que não é possível com o raio x, o que torna a difração com nêutrons muito vantajosa”.

O projeto será desenvolvido em parceria com o Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM), tendo o pesquisador Rodolfo Politano como coordenador adjunto. Uma vez funcionando o instrumento novamente, a ideia é que que ele seja multiusuário, isto é, disponível a qualquer pesquisador, do IPEN e de outras instituições, que queira usar a técnica. "Basta solicitar, colocar no instrumento, e nós forneceremos o resultado”, concluiu Moralles.

Terceiro contemplado, o projeto "Implantação e validação de métodos para caracterização, identificação e quantificação de radiofármacos (reagentes liofilizados)” é coordenado pelo pesquisador João Cristiano Ulrich, também do CEQMA, e tem por objetivo analisar compostos liofilizados do Centro de Radiofarmácia (CECRF). "Nós vamos fazer toda parte de desenvolvimento de análise e a análise, propriamente. Estamos felizes que a casa decidiu apoiar projetos interessantes e desenvolvidos totalmente para os Centros de Pesquisa”, disse Ulrich.

"Programa de sucesso”

Os editais internos já estão consolidados como uma política de gestão "de sucesso”, segundo o superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Calvo. Ele parabenizou a equipe da COPDE e toda a equipe do SEEGP e ressaltou o potencial dos três projetos, que receberão "atenção especial” para que possam ser executados, pois são de total interesse direto para os Centros e o Instituto. "E vocês, responsáveis pelos projetos, poderão até utilizá-los para buscar mais recursos externos, se necessário”, disse Calvo, dirigindo-se aos pesquisadores.

O superintendente salientou ainda que o CTA já conversou sobre a ideia de lançar outros editais visando o que chamou de "re-investimento orçamentário” em ações prioritárias. "Gostaria de parabenizar aqui os líderes dos projetos e que usem suas competências para alavancar outros projetos e recursos. Parabenizo-os também por terem submetido as propostas e manter vivo e pujante o edital Inter-Centros”, concluiu.

Isolda Costa ressaltou a excelência dos pesquisadores do IPEN, que sempre se destacam em todos os níveis. Em nome da equipe do SEEGP, agradeceu e parabenizou os líderes das propostas, bem como a coordenação de Fernando Moreira. "São projetos que tiveram menos a característica de atender demandas externas e mais para atender às necessidades nossas, que são imensas. O mérito é de vocês, e a gente só tem a agradecer e apoiar”, finalizou.


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