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Diretora do Idaho Laboratory visita IPEN para discutir pesquisas em colaboração na área nuclear

Marianne Walck afirmou que o investimento na área nuclear, nos EUA, é o mais alto nos últimos 20 anos.

O IPEN/CNEN recebeu nesta terça-feira, 8, a visita de Marianne Walck, diretora adjunta do Laboratório de Ciência e Tecnologia do Idaho National Laboratory – INL (Idaho Falls, EUA), em mais uma iniciativa do Programa de Internacionalização do Instituto, gerenciado por Niklaus Wetter. Walck foi recepcionada pelo titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, e pela diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, além de Wetter.

O INL é vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, da sigla em inglês), gerenciado pela Battelle Energy Alliance (BEA). Em janeiro de 2021, IPEN e Battelle assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, do inglês Memorandum of Understanding), que mais ampla colaboração acadêmica do IPEN/CNEN, delineando políticas para o intercâmbio de pesquisadores, tecnologistas, pós-graduandos e, pela primeira vez, de pessoal administrativo.

Almeida comentou brevemente sobre a estrutura do IPEN e ressaltou a importância da cooperação com o sistema BEA, salientando o "papel preponderante da Dra Isolda, como coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, e Dr Niklaus, como Internacionalização do IPEN”. O titular da DPD destacou ainda o "valor integrativo” dos projetos, como, por exemplo, o "Cybersecurity", aderente à proposta do Estado Brasileiro em cibersegurança.

Em sua apresentação do INL, Walck explicou que o Laboratório tem dedicado muita atenção a pesquisas de micro reatores, os chamados SMR, do inglês Small Module Reactor. Segundo ela, o financiamento para todos laboratórios nacionais dos Estados Unidos, geridos pela Battelle Alliance, são oriundos do próprio DoE, o que agiliza a liberação dos recursos.

Uma das empresas parceiras do INL é a TerraPower, que pretende instalar uma usina nuclear experimental na cidade de Kemmerer, no estado de Wyoming (oeste dos EUA). Fundada por Bill Gates, a empresa tem como objetivo gerar energia limpa e renovável e, para isso, estuda a aplicação de uma nova tecnologia de reator nuclear mais eficiente e seguro.

Walck também falou sobre a ideia de remanejar trabalhadores de usinas movidas a carvão para trabalhar nos reatores SMR. "Assim, resolvemos dois problemas, o emprego dessas pessoas e a questão ambiental”, disse. Cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares foram destinados às pesquisas. "Nunca vi tanto financiamento para a área nuclear nos últimos 20 anos, nos Estados Unidos”, acrescentou a diretora do INL.

Em relação à parceria com o IPEN, já houve um primeiro encontro técnico em março de 2021 – o 1st Technical Meeting Battelle – IPEN/CNEN, na modalidade virtual, para apresentação entre pesquisadores que possam atuar em colaboração nas áreas científicas de interesse comum. Em maio, o Instituto receberá um pesquisador do INL para trabalhar com radiografia de nêutrons, segundo comentou Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq).

Na sequência, o pesquisador Rafael Garcia, do Centro do Combustível Nuclear (CECON), mencionou as pesquisas desenvolvidas no Instituto e no próprio CECON, além de apresentar uma proposta de estudo na área de caracterização de combustíveis após a irradiação, uma das linhas de atuação do INL.

De acordo com Garcia, essa linha de pesquisa está prevista para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e não há mão de obra com essa formação no Brasil. "Por isso, uma colaboração com o INL é fundamental, para a formação de pesquisadores nessa área”, comentou.

Também presente, o pesquisador Jesualdo Rossi, do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM), mencionou colaboração em pesquisas sobre danos em materiais provocados por radiação. Isolda Costa destacou a necessidade de se buscar colaboração em áreas em que o IPEN já atua com excelência e não estão contempladas pelo INL, o que facilitaria na busca por recursos financeiros.

O pesquisador Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP)  e presidente da Comissão de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, levantou questões sobre possíveis intercâmbios de alunos de pós-graduação. 

Também participaram da reunião com Walcke a diretora de Administração e Infraestrutura, Katia Iunes, e o diretor substituto de Segurança Nuclear, Radiológica e Física, Demerval Rodrigues. Após as apresentações, Walck fez uma visita ao Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1.

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