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Nova CPG de Tecnologia Nuclear assume com o desafio de buscar conceito 7 na Capes

Considerada pelo reitor Vahan Agopyan a "mais exitosa" pós-graduação associada à USP, o Programa de Tecnologia Nuclear tem como meta manter a excelência, mas obter conceito máximo.

"O ensino é a base e tudo, e o IPEN tem uma história de sucesso nesses 45 anos de seu Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear, associado à USP. O esforço coletivo e a dedicação de todos garantiu a manutenção do 6 na Capes, e nossa decisão institucional é buscar o 7”, afirmou, referindo-se à Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Com essas palavras, o superintendente Wilson Calvo abriu a sessão solene de posse da nova Comissão de Pós-Graduação (CPG), nesta quinta-feira, 19.

É nesse espírito que o pesquisador Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações (Celap), assume a presidência da CPG, cujo mandato vai de 2021-2023. Como membros titulares, estão os pesquisadores docentes Almir Oliveira Neto (vice-presidente), Frederico Antonio Genezini, Leonardo Gondim de Andrade e Silva, Julian Marco Barbosa Shorto e Roberto Navarro de Mesquita. Como suplentes, Marina Fuser Pillis, Marycel Elena Barboza Cotrim, Maria da Penha Albuquerque Potiens, Paulo Sergio Cardoso da Silva, Miguel Mattar Neto e Hélio Yoriyaz.

Calvo mencionou o diferencial da pós-do IPEN/CNEN, citando as instalações de que o Instituto dispõe: dois reatores nucleares de pesquisas, dois aceleradores cíclotrons, dois irradiadores de elétrons e um irradiador multipropósito de Co-60, além do mais avançado equipamento em microscopia: o SNOM (do inglêsScanning Near field Optical Microscopy), microscópio sub-nano a laser cujo método óptico permite resolver o interior de uma molécula com acuidade nanométrica.

Esse diferencial, segundo Calvo, se reflete na qualidade da pós-graduação do IPEN/CNEN, seja no desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação, ou propriamente na formação de recursos humanos. "A internacionalização também faz parte desse ensino de qualidade que oferecemos, ao promover intercâmbio de professores e alunos em instituições renomadas no exterior. Além disso, temos publicações de impacto e chegamos, nesses 45 anos, a 3.117 titulados”, disse.

A pós-graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP recebe uma média de 100/130 alunos anualmente. Calvo pontuou alguns resultados importantes do programa, entre eles a formação de líderes no exterior, as várias premiações de teses, inovação, comspin offse patentes, projetos de políticas públicas com instituições parceiras, convênios acadêmicos e pesquisadores eméritos oriundos do quadro docente.

De acordo com Calvo, o reitor da USP, professor Vahan Agopyan afirmou que a Tecnologia Nuclear é a mais exitosa `, "um casamento perfeito, muito bom para o IPEN, muito bom para a USP e consequentemente para a sociedade”. Outro ponto destacado pelo superintendente foi a criação do curso de graduação em engenharia nuclear da Escola Politécnica, com a colaboração do Instituto.

Por fim, Calvo falou sobre o Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, que vise atender às demandas da área de saúde formando profissionais para atuar em hospitais e fornecendo soluções tecnológicas.

Agradecimento foi a tônica do breve discurso da diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, Isolda Costa. Ela fez questão de ressaltar o trabalho de todos os que atuam no Centro de Ensino do IPEN e agradeceu um a um, nominalmente, e também a outros profissionais do IPEN que dão suporte às atividades acadêmicas, como a Tecnologia de Informação e a Assessoria de Comunicação. Costa fez um agradecimento especial aos gestores Martha Marques Ferreira Vieira e Roberto Franjlich.

Antes de passar um vídeo com todos os presidentes da CPG, Costa também agradeceu ao professor Delvonei Andrade, que esteve no cargo por 8 anos e de quem Landulfo era vice no mandato 2019/2021. "Ao longo da história desses 45 anos, formamos vários times. Sem isso, ficaria difícil. Parabéns a todos! E muito obrigada”.

Passado, presente e futuro

Martha Vieira fez um breve retrospecto da história do Programa e disse que vivia um momento especial: "Para mim, é uma honra estar aqui, pois iniciei minha pós junto com a pós do IPEN”. Mencionou algumas curiosidades, como os quatro orientadores que estão desde o começo, os pesquisadores Mitiko Saiki, Reginaldo Muccillo, Gian-Maria Sordi e Rajendra Saxena, e também os sete orientadores credenciados atualmente que foram da primeira turma de pós-graduação.

Referindo-se ao momento como "um dia especial uma vez que o ensino está no coração de todos”, Delvonei Andrade apresentou alguns números do Programa. Mostrou que possui 55 Linhas de Pesquisa, que originam mais de 350 projetos de pesquisas, subdivididos em três áreas de concentração: TN-Aplicações, TN-Materiais e TN-Reatores. Destacou os mais de 90 projetos ativos e os valores agregados – cerca de R$ 70 milhões – dizendo que "isso é de causar inveja”.

Citando Isaac Newton – "Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes” – Landulfo falou da responsabilidade de assumir a pós com tantos indicadores de sucesso, "um trabalho muito bem executado, refletido na qualidade do programa, de seus orientadores e alunos”. O novo presidente da CPG ressaltou a harmonia USP/IPEN através do ensino, mediada pelo Programa.

"A manutenção dessa harmonia, mesmo em tempo de polarização, é muito importante. Estamos enfrentando várias crises, e essas crises nos põem em xeque, mas mostram que o IPEN está preparado em suas várias áreas de atuação”, disse Landulfo. Para ele, os "egressos fenomenais” e as diversas premiações mostram que o Programa cumpriu sua missão perante a Capes, e que é fundamental da publicidade a todas as conquistas.

Entre os principais desafios, citou a preparação para a próxima Avaliação Quadrienal, a retomada sustentável e organizada pós-pandemia e dinamização e informatização da pós. Ao final, Calvo retomou a palavra, desejou sucesso à nova CPG e encerrou a cerimônia.


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