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IPEN/CNEN e Idaho Laboratory realizam primeira reunião técnica para definir estratégias de colaboração

Próximo passo será a 'intersecção' de interesses visando intercâmbios presenciais a partir de 2022

IPEN/CNEN e Idaho National Laboratory (INL) realizaram na segunda-feira, 8, a 1st Technical Meeting Battelle – IPEN/CNEN, na modalidade virtual, para apresentação institucional e de pesquisadores que possam atuar em colaboração nas áreas científicas de interesse comum. O INL é um dos laboratórios nacionais do Departamento de Energia dos Estados Unidos (United States Department of Energy – DOE) administrado pela Battelle Energy Alliance.

Em janeiro, há exatos dois meses, IPEN/CNEN e Battelle formalizaram um Memorando de Entendimento (MoU), delineando políticas para o intercâmbio de pesquisadores, tecnologistas, pós-graduandos e, pela primeira vez, de pessoal administrativo, sendo atualmente a mais ampla colaboração acadêmica do Instituto. Marianne Walck, diretora de pesquisa e vice-diretora de ciência e tecnologia do próprio INL/DOE, e Isolda Costa, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE) do IPEN/CNEN, fizeram, respectivamente, as apresentações institucionais.

Antes, o superintendente do IPEN/CNEN, Wilson Calvo, deu as boas-vindas aos participantes ressaltando que a parceria com a Battelle "é um grande leque que se abre ao Instituto e a todas as UTCs da CNEN”. "Quanto mais oportunidade oferecermos, mais profissionais qualificados estaremos formando. Walck apresentou a estrutura organizacional do INL/DOE, seus programas e parceiros, e destacou a excelência, a inovação e os impactos em ciência e tecnologia de energia e meio ambiente promovidos pelo Laboratório.

Costa falou da missão do IPEN/CNEN, os seus 11 Centros de Pesquisas, suas principais instalações, entre elas os Reatores Nucleares IEA-R1 e IPEN/MB-01, e o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. Destacou ainda os dois Programas de Pós-Graduação do Instituto: o de Tecnologia Nuclear, com a Universidade de São Paulo (USP), que em 2020 alcançou a marca de três mil titulados (mil doutores e dois mil mestres) e o Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, cuja primeira turma ingressou em 2019.

Em seguida, Niklaus Ursus Wetter, gerente de Internacionalização do IPEN/CNEN e organizador da reunião, convidou os mais de 30 pesquisadores participantes para uma rodada de apresentações pessoais, com indicação de interesses e oportunidades potenciais visando colaboração e intercâmbio. "Neste primeiro momento, a ideia era fazer uma breve introdução de cada instituição, para os que ainda não estavam familiarizados. Tivemos 20 participantes do IPEN/CNEN e 13 do INL. Acho que a reunião foi bem-sucedida. Todos expressaram seus interesses e, claramente, há algumas áreas em que temos entusiasmo pela colaboração em ambas as instituições”.

O próximo passo, segundo Wetter, é viabilizar as possíveis conexões entre os participantes, a partir dos tópicos mencionados por cada um. "Será feito o contato entre as pessoas que têm interesses mútuos, assim como também serão feitos contatos com outras instituições da Battelle para encontrar potenciais colaboradores em outras áreas que não estritamente nuclear”, acrescentou.

Pela descrição dos pesquisadores americanos, a ênfase da parceria com o INL/DOE deve convergir para a área de materiais, especificamente combustíveis nucleares e caracterização de materiais pós-irradiação. Como a Battelle envolve todos os 16 laboratórios nacionais e cinco centros de tecnologia nos Estados Unidos, a colaboração com o IPEN/CNEN não se limita ao INL.

"O Laboratório Idaho coordenou a assinatura do MoU, com o apoio da Dra. Marianne, que participou conosco do Regional Meeting on Institucional Innovation and Partnership  Building in the Nuclear Sector, realizado no Argonne National Laboratory, em 2019, apoiado pela Agência Internacional de Energia Atômica no Projeto RLA0062, e manifestou interesse em parceria conosco”, relatou Calvo, na ocasião em que o MoU foi formalizado.

Para Isolda Costa, titular da DPDE, a reunião mostrou "a seriedade e o compromisso das duas partes em fazer este convênio sair do papel e passar a produzir conhecimentos e avanços tecnológicos que serão compartilhados entre ambos os partícipes. Foi um evento muito bem organizado pelo IPEN/CNEN e pelo INL/DOE, conduzido pelo nosso gerente de Internacionalização. Quero parabenizar a todos os envolvidos”.

"Oportunidade única”

Rafael Garcia, pesquisador do Centro do Combustível Nuclear (CECON) do IPEN/CNEN, foi um dos participantes. Destacou a expertise do INL/DOE nas áreas de combustíveis nucleares e caracterização de materiais pós-irradiação e comentou que "a concretização da parceria representa uma oportunidade única para os pesquisadores do IPEN/CNEN que atuam nessas áreas”.

"Particularmente, tenho interesse em trabalhar com caracterização de combustíveis pós-irradiação. Seria incrível! Mas desenvolvimento de novos combustíveis também é demais. Já sabia que Idaho é expert nesses temas, porém, também é, normalmente, inacessível para pesquisadores estrangeiros. O IPEN/CNEN dá um salto muito importante ao estabelecer essa parceria”, comentou Garcia.

Pandemia

Por enquanto, devido à pandemia da Covid-19, não será possível o intercâmbio de funcionários e alunos. O INL oferece um grande programa de estágio para estudantes a cada verão, mas neste ano, será principalmente virtual. "Acho que devemos buscar alguns estagiários em potencial do Brasil para 2022. O programa deve ser presencial então e isso nos dará tempo suficiente para a coordenação. Nos próximos meses, podemos estabelecer algumas bases para futuras visitas de pesquisadores, talvez no final de 2021, se tivermos sorte”, disse Wetter.

Participaram da reunião, pelo IPEN/CNEN, os pesquisadores Michelangelo Durazzo, Rafael Garcia, Lalgudi Ramanathan, Frederico Genezini, Patrick Spencer, Francisco Lemos, Solange Sakata, Jorge Sarkis, Fábio Coral, Paulo Cardoso, Maria da Penha Potiens, Miguel Negro, Marcelo Rocha e Roberto Navarro.

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