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Testagem de servidores integra conjunto de ações do IPEN, que inclui treinamento pela Marinha

Medidas adotadas pelo Instituto incluiu o treinamento no Protocolo para Desinfecção de Organizações Militares Contra a Covid-19, ministrado por fuzileiros de Aramar

O IPEN/CNEN-SP começou nesta terça-feira (30) a testar seus servidores que estão trabalhando presencialmente. Serão dois dias de coleta de sangue dos que atuam na produção de radiofármacos – cerca de 90 pessoas, em revezamento – e os demais, totalizando um número aproximado de 125 funcionários por dia. A testagem integra o conjunto de procedimentos adotados no Instituto e contou com o apoio da Marinha do Brasil, no âmbito do Plano de Apoio Mútuo IPEN-Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), firmado em 2019.

Nos dias 26 e 27 passados, 18 fuzileiros navais do Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar estiveram no IPEN para avaliar os procedimentos já adotados desde o início da pandemia da Covid-19 e orientar os servidores da área de saúde e colaboradores terceirizados que atuarão na segurança de quem ingressar no IPEN a partir do retorno gradual das atividades, nesta quarta-feira (1 de julho). "Nós adotamos algumas medidas, mas queríamos um treinamento profissional”, explicou Edson Rolim, chefe do Serviço de Assistência à Saúde, referindo-se ao "Protocolo para Desinfecção de Organizações Militares Contra a Covid-19”.

Em 17 de março, o IPEN afastou os servidores dos chamados grupos de risco e manteve apenas atividades consideradas essenciais. Nesse período, distribuiu máscaras comuns e do tipo face shilds (que protege todo o rosto), colocou tapetes sanitizantes nos carros (está adquirindo para todos os prédios e portarias), seguindo protocolos básicos, mas tudo de forma "amadora”, disse Rolim. "Mesmo não sendo profissional, o 1º tenente Souza Pinheiro, que ministrou o treinamento, se disse impressionado com o nível do cuidado do IPEN desde 17 de março”.

Rolim salientou que o IPEN também recebeu orientações para a testagem dos cerca de 125 servidores, nesses dois dias. "Pela manhã, serão testados exclusivamente os que atuam no Centro de Radiofarmácia, lá mesmo, no prédio principal. Os demais farão os testes à tarde, no Bloco A. O CERCF tem 90 pessoas trabalhando em revezamento, então, a gente dividiu em duas turmas de 45 e dedicamos uma manhã àquele grupo”, explicou Rolim, acrescentando que o Instituto tem hoje 622 servidores ativos, com aproximadamente 20% em atividade presencial.

Treinamento – Os fuzileiros vieram equipados para orientar procedimentos em casos de eventuais contaminações. Foram montadas duas barracas, para atendimento separado de homens e mulheres. Um robô de grande porte foi trazido para a demonstração de como tirar uma pessoa de área de risco sem envolver e expor outras. Para se ter uma ideia da capacidade do equipamento, o controle remoto tem um alcance de 300 metros. "Ele consegue arrastar uma pessoa da área de risco e trazê-la para atendimento e trabalho de desinfecção”, explicou Rolim.

O Batalhão também enviou dois caminhões, sendo um com gerador, para não interromper os trabalhos em caso de eventual queda de energia. "Vieram mostrar como é feito o atendimento, como eles lidam com uma situação de contaminação. Fizeram simulações, em uma delas, a ambulância chegando, eles retirando um acidentado ou alguém que foi exposto e todo o processo, passando em um carrinho, cortando a roupa e trocando por uma nova. Se era só contaminação da roupa, resolvido”, conta Rolim.

Sob o comando do 1º tenente Souza Pinheiro, os fuzileiros fizeram ainda demonstrações com os equipamentos de desinfecção de banheiros e avaliaram as medidas adotadas no IPEN, entre elas, a medição corporal diária nas portarias, no Centro de Radiofarmácia e no Bloco A (Administração), a blindagem dos carros, separando motoristas de passageiros, trabalho do Setor de Transportes, o tapete de sanitização para os carros, através de rolagem completa, procedimentos adotados enquanto o Instituto aguardava a logística de Aramar.

Parceria – Em 4 de janeiro de 2019, foi firmado o Plano de Apoio Mútuo IPEN-CTMSP para atividades conjuntas. Em 17 de junho passado, o superintendente do IPEN, Wilson Calvo, encaminhou Ofício (no 39/2020) ao diretor do CTMSP, vice-almirante Noriaki Wada, solicitando as orientações. "Tratam-se de procedimentos fundamentais para se reduzirem os riscos e garantir que qualquer pessoa que tenha sintomas da doença procure diagnóstico por meio de orientação médica e, se aplicável, o tratamento adequado”, dizia o documento.

Calvo assistiu a um vídeo do trabalho dos fuzileiros e tomou a iniciativa de buscar esse treinamento. Até então, o IPEN seguia com medidas de combate à pandemia de acordo com o protocolo sanitário do Governo do Estado de São Paulo. De acordo com Rolim, a ideia inicial era treinar um grupo de 30 pessoas, sendo colaboradores dos setores de Transporte, inclusive socorristas, da Segurança Física e do Serviço de Assistência à Saúde. Mas foram incluídas outras 20, da limpeza (para higienização e desinfecção de ambientes) e da Infraestrutura.

"Podemos dizer que os dois dias de treinamento foram um sucesso, todos gostaram, algumas dúvidas que apareceram foram sanadas, tudo saiu conforme a nossa expectativa”, disse Rolim. Uma dessas dúvidas dizia respeito à medição de temperatura corporal, cujo limite adotado para ingresso no IPEN é de 37,6. "Como disse, a gente adotou o protocolo sanitário setorial do Governo do Estado de SP. Com 37,7, a pessoa não entra no IPEN, é orientada a procurar assistência médica. Está tudo detalhado no Comunicado IPEN no 81”.

Próximos passos – Na testagem sanguínea desta semana, Rolim explica que, em caso de um resultado dar positivo, o exame será refeito. Se confirmado e que a pessoa já teve o contato com o vírus, a gente encaminha paro o exame PCR, e então o servidor poderá ter acompanhamento inclusive individualizado, como consta no Comunicado, Lá tem, inclusive, os meus contatos para atendimento pessoal. Estamos fazendo a nossa parte. Aguardamos a avaliação formal do Batalhão. Sabemos que eles disseram não ter visto, em nenhuma instituição, o que nós fizemos amadoramente, o nosso nível de cuidado”, concluiu Rolim.

Calvo acrescenta que toda a orientação recebida será cuidadosamente seguida pelo Instituto, para preservar o máximo a saúde de servidores e colaboradores, "nosso maior patrimônio”. O superintendente ressalta o apoio recebido do vice-almirante Noriaki, e faz um agradecimento especial. "O IPEN manifesta seu respeito e agradecimento à Marinha do Brasil, que, por meio do Plano de Apoio com o CTMSP e da atenção do vice-almirante Noriaki, nos possibilitou esse treinamento de alto nível promovido pelos fuzileiros navais do Batalhão de Aramar”.

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