O ministro das Relações Exteriores do Brasil (MRE), embaixador Fabio Mendes Marzano, e comitiva, estiveram no IPEN, nesta quarta-feira, 10, acompanhado do presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, e seus assessores. Eles foram recepcionados pelo superintendente Wilson Calvo e por diretores do Instituto.

Os visitantes conheceram um pouco sobre a história do Instituto visitando o Espaço Cultural Marcelo Damy, exposição permanente composta de painéis e instrumentos, como elementos combustíveis e maquetes, que compõem o dia a dia do IPEN desde a sua fundação. Calvo acompanhou a comitiva explicitando cada painel.

O superintendente mostrou também a maquete da unidade móvel de acelerador de elétrons para o tratamento de efluentes, projeto premiado no 11^th International Forum ATOMEXPO 2019, realizado em abril, na cidade de Sochi, Rússia. Esse projeto, vencedor na categoria "Tecnologias para uma vida melhor”, integra ainda o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60.

Após a visita, já na sala de reuniões da Superintendência, os convidados assistiram a um filme institucional e, em seguida, Calvo fez uma breve apresentação das atividades e serviços desenvolvidos no IPEN. A chefe de Gabinete da CNEN, Cássia Helena Pereira Lima, comentou sobre o papel da autarquia e suas unidades de pesquisa, sendo o IPEN a maior delas, e explicou alguns conceitos relacionados a área nuclear.

Depois, os visitantes seguiram para o Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) onde puderam conhecer o Reator Nuclear IEA-R1, o primeiro reator de pesquisas do Brasil, em atividade desde 1957. Eles foram recepcionados pelo gerente do Centro, Frederico Antonio Genezini, que resumiu a história do IEA-R1 desde a sua primeira operação.

À medida que circulavam pelas instalações do reator, os visitantes manifestavam interesse em conhecer um pouco mais sobre o Instituto. Foi assim também na visita ao Centro de Radiofarmácia (CECRF), onde foram recebidos pelos pesquisadores Efraim Araujo Perini e Elaine Bortoleti de Araujo.

É o CECRF o responsável por uma das principais atividades do IPEN, a produção de radiofármacos para uso na medicina nuclear em clínicas de todo o País. Perini mostrou a vitrine de radiofármacos e, com Bortoleti, apresentou a área de células quentes aos visitantes. Os pesquisadores destacaram a importância de o Instituto sempre modernizar suas instalações.

Tanto Pertusi quanto o ministro Marzano demonstraram "satisfação e orgulho” por tudo o que vem sendo conquistado, não apenas para o Brasil. "Cada vez mais eu fico impressionado com a capacidade instalada, laboratórios, reatores e todos os centros do IPEN. A cada visita, aprendemos e conhecemos algo novo”, relatou o presidente da CNEN.

Para o embaixador, o Instituto tem uma grande missão de ajudar o comércio exterior (Itamaraty) e coordenar cada vez mais junto com a CNEN, que são os executores das políticas militares, ações que possam ajudar o Brasil a se desenvolver de uma forma justa. "Sinto orgulho do nosso País, estou saindo daqui com mais informação e mais qualificado, embora tenha sido uma visita rápida. Assim, será possível defender as cores do Brasil”, concluiu Marzano.

Participaram das comitivas os diplomatas Gustavo Ziemath, assessor do embaixador Marzano, e Maria Cecília Cavalcante, subchefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis (DDS). Pela CNEN, Cássia Helena Pereira Lima, chefe de Gabinete, Orlando João Agostinho Gonçalves Filho, diretor substituto da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), e Viviane da Silva Simões, coordenadora geral de Assuntos Internacionais.

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E. R. Paiva

Embaixador Marzana conhecendo a célula quente da Radiofarmácia, junto ao gerente do Centro, Efraim Perini