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Motivado por série televisiva, pesquisador do IPEN participa de bate-papo em bar sobre Chernobyl

Inspirado no Festival Pint Of Science, Rafael Garcia vai falar sobre aspectos técnicos do acidente ocorrido em 1986 e de sua experiência na viagem a Pripyat

O acidente nuclear de Chernobyl voltou com força à mídia após a exibição recente da série homônima pelo canal fechado HBO. Para esclarecer alguns aspectos sobre o acidente ocorrido em abril de 1986, Rafael Garcia, pesquisador do Centro do Combustível Nuclear (CCN) do IPEN, participará de um bate-papo neste próximo domingo, 30, às 18h, na Bar Galeria 540, (Rua Mourato Coelho, 540, Pinheiros).

Garcia contou que sempre teve interesse no tema e já havia feito uma viagem turística a Chernobyl, em 2011, segundo ele, uma "experiência inesquecível”. "A série despertou o interesse de amigos, que passaram a me fazer muitas perguntas, não só técnicas mas também curiosas sobre a experiência da visita à cidade fantasma de Pripyat. Aí preparei essa apresentação, para explicar de uma forma mais detalhada”.

A ideia de falar sobre esse tema tão hard e polêmico em bar foi inspirada no Festival Pint Of Science, ocorrido de 20 a 22 de maio em 13 bares de São Paulo, inclusive o Galeria 540. "Imaginando deixar uma explicação técnica menos ‘maçante’, tive a ideia de apresentar num bar, de um jeito bem descontraído e agradável, da maneira que é realizado no evento Pint Of Science, do qual o IPEN participou e, este ano, pude assistir”.

Justamente por ser um tema polêmico e complexo, Garcia acredita que é preciso falar a respeito. "Como técnicos, temos a responsabilidade de esclarecer o público. Atualmente, parece haver um descrédito na ciência, e talvez parte da culpa seja dos próprios cientistas, que nem sempre se preocupam em falar de suas pesquisas em uma linguagem acessível à maior parte da população. Na carência de boas fontes, as pessoas acabam mal informadas”, disse.

Trinta e três depois, o acidente ainda repercute e contribui para deixar as pessoas apreensivas em relação à energia nuclear, na opinião de Garcia. "Por mais que estudos indiquem que formas de geração de energia como queima de carvão causem problemas de saúde pública muito maiores do que todos os que já foram causados pela energia nuclear, essa acaba tendo uma rejeição muito maior”, avalia.

O pesquisador atribui a rejeição em parte ao desconhecimento do público, em parte ao que considera "sensacionalismo” da mídia. "É como o caso do transporte aéreo e terrestre. Viajar de avião é muito mais seguro do que de carro, mas tem muito mais gente com medo de avião”, compara. Daí a importância de programas contínuos de divulgação científica sobre esse tema, incluindo os benefícios da tecnologia nuclear.

"Acredito que programas permanentes de divulgação dos usos dessas tecnologias em escolas, por exemplo, seriam muito interessantes. Até mesmo na USP, a maioria das pessoas que frequentam o campus não sabe da existência dos dois reatores nucleares situados no IPEN. Nesse sentido, também seria bacana a divulgação de trabalhos realizados no IPEN com radiação, que precisam ser mais conhecidos, pois impactam no cotidiano de muitas pessoas”.

No bate-papo, ele vai abordar aspectos técnicos do acidente e da radiação e mostrar que a tecnologia nuclear vai muito além da geração de energia. "Permite que tenhamos alimentos mais frescos, produtos de melhor qualidade e diagnósticos médicos mais precisos, melhorando a qualidade de vida das pessoas, dentre outros benefícios”, conclui. O público também terá acesso a fotos de um tour na cidade fantasma de Pripyat.

Serviço
O quê: Bate-papo com ciência: O acidente nuclear de Chernobyl
Quando: Domingo, dia 30
Onde: Bar Galeria 540, na Rua Mourato Coelho, 540
Horário: 18h

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