Capes aprova Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde
No total, foram submetidas oito propostas para essa categoria profissional na área Medicina II, apenas a do IPEN foi aprovada. Infraestrutura laboratorial e expertise foram decisivas.
A CAPES divulgou os resultados da
Avaliação de Propostas de Cursos Novos
nas modalidades acadêmica e
profissional. Após apreciação por
comitês das respectivas áreas, as
propostas foram analisadas na 179ª
Reunião do Conselho Técnico-Científico
da Educação Superior (CTC-ES), ocorrida
entre os dias 26 E 28 de setembro de
2018. O Mestrado Profissional (MP)
"Tecnologia das Radiações em Ciências
da Saúde”, proposto pelo IPEN, está
entre os aprovados, conforme
publicação no Portal Capes em 5 de
outubro De 2018.
Com o anúncio do resultado, corre até dia 20 deste mês de novembro o prazo para recurso das propostas não aprovadas. Porém, o status do que já foi confirmado não muda mais. Após o julgamento dos recursos e a divulgação, o Conselho Nacional de Educação (CNE), então, decidirá sobre a autorização e o reconhecimento dos programas aprovados, com posterior homologação do Ministério da Educação (MEC)."Só então a decisão é considerada final”, afirmou Denise Maria Zezell, coordenadora do curso no IPEN.
No total, foram submetidas oito
propostas para Mestrado Profissional na
área Medicina II, apenas a do IPEN foi
aprovada. O público alvo do programa são os
profissionais que atuam no mercado, na
área de saúde, podendo ser graduado
em Farmácia e Bioquímica, FísicaMédica,
Radiofarmácia, Medicina,
Odontologia, Bioquímica, Radiologia, ou
áreas afins. Um dos objetivos do MP é
torná-los aptos para o desenvolvimento,
uso e implementação de novas técnicas
ou processos que utilizam radiações
para diagnóstico, terapia e aplicações
diversas na área da Saúde. Zezell faz questão de ressaltar que foi uma vitória coletiva e que "todos os envolvidos estão de parabéns”.
"Agradeço imensamente todo o apoio
do Dr. José Carlos Bressiani e depois do
Dr. Wilson Calvo, como
superintendentes, durante o processo
de formulação da proposta. Ao
professor [Marcelo] Linardi, que
visualizou a oportunidade de o IPEN
oferecer um segundo programa de pósgraduação,
e que, com sua equipe,
acolheu as varias sugestões de área de
atuação e reuniu durante anos
pesquisadores para discussões. Aos
vários colegas docentes e
administrativos que contribuíram
durante o longo processo de discussão
e amadurecimento da nossa proposta,
que convergiu para área de Saúde”,
afirmou Zezell.
Espírito coletivo
As "valiosas contribuições” de pessoas
que acabaram por não compor o
quadro do novo programa, por serem
de outras áreas de atuação também
foram destacadas por Zezell. "Da
mesma forma, agradeço colegas que,
mesmo não estando vinculados à
proposta, contribuíram no
preenchimento dos campos da
Plataforma Sucupira”.
A coordenadora também saudou a
equipe de 21 docentes que, com suas
propostas de disciplinas, projetos, linhas
de pesquisa, e curriculum,e espírito
coletivo, "levaram a este resultado
positivo”. Pela proposta, caberá ao atual
superintendente do IPEN, Wilson
Aparecido Parejo Calvo, o cargo de
reitor, e ao diretor de Pesquisa,
Desenvolvimento e Ensino, Marcelo
Linardi, o de pró-reitor.
O embrião desse projeto começou
ainda na gestão de José Carlos
Bressiani, hoje diretor de Pesquisa e
Desenvolvimento da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN), autarquia à
qual o Instituto está vinculado.
"Tenho certeza que será um sucesso e
vem ao encontro do Grupo Técnico do
CDPNB [Comitê de Desenvolvimento do
Programa Nuclear Brasileiro], que trata
da expansão da medicina nuclear no
país. Parabéns a todos”, disse Bressiani.
"Contribuição inestimável para a sociedade”
São inúmeras as contribuições que o
Mestrado Profissional em Tecnologia das
Radiações em Ciências da Saúde dará ao
Instituto e ao País, na avaliação do
superintendente Wilson Calvo. Dentre elas,
a formação de profissionais "altamente
capacitados” para atuarem numa área que
é tão necessária ao Brasil: a saúde.
"Os alunos do novo curso vão ter contato
com o que há de mais avançado em
tecnologia das radiações aplicadas à
saúde. O IPEN já tem esse conhecimento
acumulado ao longo de seis décadas”,
salientou Calvo.
Outro ganho é a oportunidade que os
novos pesquisadores terão como docentes
e orientadores, o que não é possível na
pós em Tecnologia Nuclear IPEN/USP,
cujas exigências são rigorosas. "Com a
experiência, eles poderão, no futuro, se
integrar ao atual programa. A contribuição
que o MP dará à sociedade é inestimável”.
As informações completas sobre o novo Mestrado Profissional, as linhas de pesquisa, o corpo docente e a contextualização de sua importância estratégica para o Brasil estão disponíveis na edição 99 do Órbita.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM
Assessoria de Comunicação Institucional