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Principais instituições nucleares do País formam 'rede' para promover a cultura da segurança

IPEN sedia evento para debater e discutir ações que promovam e consolidam a cultura da segurança nuclear no Brasil. Principais atores foram "rede" para troca de experiências

O curso "Advancing Nuclear Safety and Security Culture to Mitigate Threats to Nuclear Facilities”, patrocinado pelo World Institute for Nuclear Security e promovido no IPEN, com encerramento na quinta-feira, 27, foi fundamental para a consolidação de uma rede de segurança nuclear entre os principais atores dessa área no Brasil. A avaliação é do pesquisador Frederico Genezini, do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), coordenador do evento pelo Instituto.

"Além de o curso ter sido excelente quanto ao conteúdo das atividades e à infraestrutura, foi extremamente relevante para que os participantes pudessem conhecer uns aos outros e estreitar as relações. Nesse sentido, acabamos construindo uma rede de segurança nuclear com os principais atores da segurança nuclear no Brasil, e isso faz com que cada um possa contribuir para melhorar a atividade de segurança nuclear do outro”, afirmou Genezini.

O IPEN tem investido na promoção da cultura da segurança nuclear em suas unidades. Em agosto, durante uma semana, de 20 a 24, o Instituto organizou, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o "Workshop Nuclear Security Culture: Experience Sharing and Best Practice Exchange” ("Workshop de Cultura de Segurança Nuclear: Compartilhamento de Experiências e Intercâmbio de Melhores Práticas”, em tradução livre).

"A diferença é que este, agora, foi mais avançado. Todo o curso foi pensado nos insiders, ou seja, pessoas que se infiltram ou que estão dentro de uma instituição nuclear e podem fazer uma sabotagem por algum surto, motivações religiosas ou financeiras. Por alguma razão, elas promovem algum dano: ou roubam material, ou provocam acidentes, incêndios, justamente por conhecerem bem a instituição. O curso trabalhou ações para atuar nesses casos”, explicou Genezini, sobre o curso que, em tradução livre, significa "Promovendo a segurança nuclear e a cultura de segurança para reduzir as ameaças às instalações nucleares”.

A cultura de segurança na área nuclear é definida como o conjunto de diretrizes específicas para segurança nuclear e proteção radiológica, com vistas a minimizar os riscos associados ao emprego das radiações ionizantes para fins pacíficos. No intuito de contribuir para maior proteção de seus servidores, da população em geral e do meio ambiente, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), responsável, no Brasil, pela a elaboração de normas e procedimentos, tem promovido cursos de capacitação em segurança de forma continuada. "Nessa perspectiva, nós, do IPEN, estamos trabalhando fortemente para consolidar a cultura da segurança nuclear no Instituto", acrescentou Genezini.

Participaram 44 profissionais das principais instituições nucleares do País. Da CNEN, além de servidores da própria sede, estiveram representados o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e o IPEN. Marinha do Brasil, Eletrobrás Eletronuclear, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) também participaram.

Além do WINS, cuja atuação tem estreita colaboração com a AIEA em questões relacionadas à segurança, o curso teve apoio do Sandia National Laboratories (SNL) e do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL, da sigla em inglês Oak Ridge National Laboratory). Os instrutores foram Karen Y. Kaldenbach, ORNL, Megahan Dirksen e Alexander Solonov, do SNL, Raquel Delgado, do WINS, e Togzhan Kassanova, do Carnegie Endowment for International Peace. O workshop foi realizado nos dias 25, 26 e 27, no Prédio do Ensino do IPEN.

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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM
Assessoria de Comunicação Institucional

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