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Superintendente do IPEN apresenta aplicações da energia nuclear para estudantes do ensino médio

Durante 30 minutos, Wilson Calvo destacou as principais atividades do IPEN na aplicação da energia nuclear e falou de projetos futuros, como a Escola Móvel por Elétrons e o Reator Multipropósito Brasileiro

"As Aplicações da Energia Nuclear” foi o tema da palestra do superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, na seção "Diálogos com o MCTIC”, nesta terça-feira, 24, como parte da programação da ExpoT&C, exposição de ciência, tecnologia e inovação que ocorre paralelamente à 70a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece desde o dia 23, no Campus da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió. A explanação aconteceu no pavilhão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Calvo começou com uma breve apresentação do IPEN, falando do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, que hoje conta com mais de mil alunos, e salientou que o Instituto produz radiofármacos para aplicação na medicina nuclear, atendendo 435 hospitais e clínicas de todo o País, com cerca de dois milhões de procedimentos anuais. Falou das mais de 100 empresas incubadas no Instituto e, em seguida, mostrou imagens dos Reatores de Pesquisas IEA-R1 e IPEN-MB/01, dos Aceleradores Cíclotrons e de Elétrons e do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, explicando as diferenças de aplicação e a função de cada equipamento e unidade.

"Como vocês podem observar, a energia nuclear está presente no dia a dia, na indústria, nas áreas de saúde e de meio ambiente”, disse Calvo, citando, como exemplos de aplicações, a irradiação de gemas tornando-as pedras semipreciosas, em pneus de automóveis como Firestone e Goodyear, palmilhas de sapatos e frutas e sementes. "São apenas alguns dos muitos exemplos do uso da radiação, que promove a reticulação entre as moléculas, melhorando as propriedades físico-químicas do material irradiado”, explicou Calvo.

Calvo também destacou a aplicação de radiação gama para a preservação de bens culturais, mostrando objetos que receberam esse tratamento no IPEN, entre eles um quadro de Portinari. "Também irradiamos documentos históricos afetados por fungos e outros microrganismos, que depois são restaurados por especialistas nessa área”. Outro destaque foi o gerador de Tecnécio-99 produzido no IPEN.

"Esse gerador é produzido exclusivamente pelo IPEN. É um dispositivo a partir do qual é retirado o radioisótopo tecnécio-99, proveniente do decaimento radioativo do radioisótopo molibênio-99. O Tecnécio-99 responde por 90% dos exames com finalidades diagnósticas na medicina nuclear”, salientou Calvo.

O superintendente mostrou imagens de um acelerador de elétrons móvel, explicando sua finalidade, e mencionou que o Brasil tem um projeto de Escola Móvel por Elétrons. Ao final, Calvo falou brevemente sobre o Projeto Reator Multipropósito Brasileiro, que possibilitará ao país atingir autossuficiência na produção de radioisótopos utilizados nos radiofármacos, substâncias radiativas que podem ser usadas no diagnóstico e tratamento de várias doenças.

A palestra foi destinada a estudantes do ensino médio e teve duração de 30 minutos. Calvo afirmou que é importante o IPEN participar de eventos como a ExpoT&C, para divulgar suas pesquisas e também a importância da energia nuclear para a vida.

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de Maceió (AL)
Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM
da Assessoria de Comunicação Institucional

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