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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

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Escola de Ciência Avançada em Lasers reúne expoentes da fotônica mundial no IPEN

Pela primeira vez, Instituto sedia evento desse porte na área de lasers, com apoio financeiro da Fapesp. Ao todo, serão 24 palestrantes de oito países, incluindo Brasil.

Compreender os mecanismos da geração, emissão, transmissão, modulação, processamento, amplificação e detecção da luz e suas aplicações nas ciências da vida, na microusinagem, no monitoramento ambiental e na tecnologia aerospacial, dentre outras, são alguns dos objetivos da pesquisa em fotônica, área temática da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers e suas Aplicações (em inglês, "São Paulo School of Advanced Science on Frontiers of Lasers and their Applications" – SPSAS), que terá início nesta segunda-feira, 16 e vai até o dia 27, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Cidade Universitária.
  
A SPSAS é uma idealização da FAPESP, organizada pelo Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do IPEN, em parceria com a XVI Escola André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não Linear, escola tradicional vinculada à Sociedade Brasileira de Física (SBF). Durante duas semanas aproximadamente 100 estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil e de diferentes países terão a oportunidade de trocar conhecimento e experiências com importantes nomes da fotônica. Dentre eles, o brasileiro Cid B. de Araújo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), John Girkin, da Durham University (Reino Unido) e Takashige Omatsu, Chiba University (Japão).

"Planejamos esse evento com o objetivo de difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica visando criar uma massa crítica de cientistas nesse campo da ciência, no Brasil”, afirmou o coordenador geral da SPSAS, o físico Niklaus Ursus Wetter. "Esse aumento” – explica – "é possível mediante um ensino de qualidade na base e na fronteira do conhecimento na área”, respectivamente os focos da Swieca e da SPSAS. Para Wetter, apesar de ser uma das áreas que mais trarão impactos tecnológicos, sociais e econômicos em um futuro próximo, a fotônica ainda não floresceu suficientemente no âmbito da comunidade acadêmica brasileira.

A recente fundação da Sociedade Brasileira de Fotônica (SBFóton) e os macrocentros de pesquisa, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LBLS)e o Projeto Sirius, "além do apoio continuo da FAPESP”, são alguns dos avanços apontados por Wetter. Mas o físico considera que a formação dos estudantes brasileiros, nessa área, ainda está abaixo das expectativas. "Nessa perspectiva, a realização da SPSAS no Brasil é mais um passo importante para a formação de cientistas, criação de empresas e inovação nesta área tão estratégica, que movimentou, em 2017, um mercado de US$ 530 bilhões”, acrescentou.

Diversidade
O programa foi organizado visando abranger diferentes aspectos importantes da área de fotônica: Lasers Aleatórios e Cristais Fotônicos; Óptica Não-Linear; Plataformas biofotônicas multimodais integradas aplicadas à biologia celular; Aplicações de lasers ultra-rápidos; Desenvolvimento e Aplicações de LIDAR; Lasers de estado-sólido bombeados por diodo, Geração de Pulso Ultrarrápido pelo Uso de Materiais 2D em Lasers de Fibra; Fotônica Integrada; Biofotônica; Lasers de Raio-X; Óptica Quântica; Terapia Óptica Não-Térmica. Também serão abordados alguns estudos de caso em Processamento de Materiais a Laser e Processamento a laser.

Ao todo, participam 24 palestrantes de oito países, incluindo Brasil. A ideia, segundo Wetter, é oferecer aos participantes a possibilidade de contato com as diversas abordagens e os pesquisadores líderes em cada uma. "O programa foi pensado nesse sentido, de levar essa diversidade temática aos alunos. Esperamos realmente que o evento seja muito proveitoso para todos”, disse. Na avaliação do pesquisador, eventos como a Escola São Paulo de Ciência Avançada, são "oportunidades únicas”, por promoverem ensino, troca de conhecimentos e até futuras colaborações entre os participantes.

Esta é a terceira vez Escola organizada na área de fotônica, mas a primeira no IPEN. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, diz que o Instituto tem "destacadas atividades de pesquisa em lasers há muitos anos e é muito bom que usem essa capacidade para organizar a ESPCA". A expectativa da Fapesp, segundo ele, é que a escola atraia jovens pesquisadores com excelente formação de vários países, além dos participantes brasileiros. "Há no estado de São Paulo vários grupos de pesquisa trabalhando em temas avançados em lasers e será ótimo vê-los todos representados no evento pois um dos objetivos das ESPCAs é aumentar a visibilidade da pesquisa mais competitiva realizada em São Paulo”, disse Brito.    

Processo competitivo
O processo de seleção dos estudantes que participam do evento foi altamente competitivo. Centro e trinta estudantes de graduação e pós graduação foram selecionados – metade do Brasil e os demais de 35 países diferentes. Um Comitê Científico analisou cada aplicação e escolheu os candidatos "com maior afinidade e potencial” em relação aos propósitos da Escola. Os candidatos preencheram um formulário e apresentaram carta de recomendação, currículo científico e resumo de sua pesquisa. A programação completa está disponível em laserfrontiers.com.

Serviço

O quê: Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers e suas Aplicações
Quando: De 16 a 27 de julho
Abertura: Segunda-feira, 16, às 11h
Onde: No Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária.
Informações: Pelo e-mail: laserfrontiers@gmail.com ou pelos telefones 3133-9359 e 99660-3095 (Adriana Miranda)

A programação está disponível em laserfrontiers.com
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Adriana Miranda
Colaborou Ana Paula Freire

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