Ipen na Mídia
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- 05/04/2024 - USP e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares inauguram nova incubadora de empresasA Unidade II da Incubadora USP-Ipen pretende atrair empreendimentos inovadores para a área da saúde e melhorar o diálogo da USP com a sociedade
A Unidade II da Incubadora USP-Ipen pretende atrair empreendimentos inovadores para a área da saúde e melhorar o diálogo da USP com a sociedade
Fonte: Jornal da USP
No dia 4 de abril, foi inaugurada a Unidade II da Incubadora USP-IPEN no campus USP da Capital. Com 29 instituições públicas e privadas envolvidas, o objetivo do novo espaço é atrair e sediar empreendimentos inovadores relacionados à área de Ciências da Vida, estimulando a participação de startups.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior saudou a iniciativa, que valoriza o empreendedorismo na Universidade: "a USP precisa estar sempre ligada ao desejo da sociedade, às suas necessidades e aos desejos dos nossos jovens. Acredito que, para o ano que vem, teremos muitas possibilidades para os nossos alunos vivenciarem esse momento de inovação aqui na Universidade”.
O projeto tem o apoio do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) e da Agência USP de Inovação (Auspin), com auxílio da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) para a realização das reformas no espaço e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Sobre a importância da nova unidade da Incubadora, o coordenador da Auspin, Luiz Henrique Catalani, ressaltou que "nós estamos abrindo esse espaço como uma extensão da incubadora USP-Ipen, mas ele vai ter uma atividade ligeiramente diferente. Não serão só atividades de incubação, aqui serão agregadas empresas tecnológicas que são empreendimentos recentes, novos, em um nível mais avançado que o nível de aceleração”.
A nova unidade da Incubadora USP-Ipen possui dois galpões que totalizam 4 mil metros quadrados de área e mais um prédio administrativo, previsto para ter 1.300 metros quadrados. Ainda segundo Catalani, a vantagem do novo espaço é fazer fronteira com a USP. "A Unidade I está dentro do Ipen e sofre de todas as restrições dadas pelas legislações internacionais de acesso. Fazer fronteira com a USP vai ser o grande diferencial da Unidade II”, explica.
A cerimônia de inauguração também contou com a participação da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; dodiretor-executivo da Fusp, Marcílio Alves; e dadiretora-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),Liedi Légi Bariani Bernucci.
"Vários dos nossos representantes tomaram assento em diversos setores e foram muitas as reuniões e oficinas realizadas. O resultado dessa conversa é que decidimos por tornar a Incubadora um hub de Ciências da Saúde, uma referência da área para todo o País, afirmou a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do Instituto de Pesquisas Energéticas (IPEN), Isolda Costa”.
A diretora da Incubadora II USP-Ipen, Paula Helena Ortiz Lima, também se manifestou: "temos pensado muito naquilo que o Brasil coloca como prioridade nessa linha temática. Queremos que todos esses parceiros trabalhem juntos, cada um dentro da sua expertise, e consigam produzir tecnologias intensivas voltadas, principalmente, para a área da saúde”.
Texto de Bárbara Bigas, estagiária sob supervisão de Erika Yamamoto
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- 05/04/2024 - O pioneirismo das mulheres na ciência nuclear será o tema do 'Curie podcast' do Win Brasil com Isolda CostaEm 2024, no Mês da Mulher, o capítulo brasileiro da Women in Nuclear lançou o Curie Podcast, na plataforma Spotify.
A iniciativa partiu da gestão Diversidade & Inclusão dando sequência ao trabalho iniciado há quase 30 anos, sempre buscando o empoderamento das mulheres da área nuclear e trazendo inovação e desmistificação sobre o tema.
O primeiro episódio apresentou o time que tem Gabryele Moreira como presidenta e Karoline Suzart como vice-presidenta, ambas do IPEN. Neste segundo episódio, a entrevista é com a Superintendente do IPEN, Isolda Costa, que abre uma sequência de entrevistas com mulheres pioneiras no vasto campo nuclear.
O Curie Podcast da Win Brasil (@winbrasil_nuclear) também está no Instagram, no @curiepodcast.
A entrevista estará disponível a partir das 12h de 5 de abril de 2024.
Venha se inspirar com a gente! #vemserwinner
Para acessar:
https://open.spotify.com/show/36lz9KkdcTuYiapefiLxVv?si=f047fba002284b4c
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- 03/04/2024 - Centro de pesquisa brasileiro desenvolve protótipo de bateria nuclearDispositivo poderá gerar energia por centenas de anos sem necessidade de recarga
Dispositivo poderá gerar energia por centenas de anos sem necessidade de recarga
Fonte: UOLTexto: Yuri Vasconcelos/Revista Pesquisa FapespImagine um telefone celular cuja bateria dure anos e não precise ser plugado na tomada para recarregar. Ou um drone capaz de voar indefinidamente sobre a Amazônia, registrando focos de desmatamento e de mineração ilegal. Situações como essas poderão se tornar realidade, em algum tempo, com o início da produção comercial de novos sistemas de armazenamento de energia que usam material radioativo para gerar eletricidade ininterruptamente, por dezenas ou centenas de anos.Uma das inovações foi revelada no começo do ano pela startup chinesa Betavolt. A empresa desenvolveu uma bateria nuclear que poderá gerar energia por 50 anos sem necessidade de recarga. O dispositivo mede 15 milímetros (mm) de comprimento, por 15 mm de largura e 5 mm de espessura e opera a partir da conversão da energia liberada pelo decaimento de isótopos radioativos de níquel (Ni-63). Com 100 microwatts (µW) de potência e 3 volts (V) de tensão elétrica, o módulo é um projeto-piloto. A Betavolt planeja colocar no mercado em 2025 uma versão mais potente da bateria, com 1 watt (W). Ela tem função modular e, de acordo com a startup, poderá ser empregada em série para energizar drones ou celulares.O Brasil tem estudos na área. Uma equipe do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com sede em São Paulo, apresentou no fim de 2023 o primeiro protótipo de uma bateria nuclear termelétrica feito no país. O princípio de funcionamento do dispositivo, também conhecido como gerador termelétrico radioisotópico (RTG), é diferente do sistema da Betavolt: uma corrente elétrica é produzida a partir da conversão do calor gerado pela desintegração de um isótopo de amerício (Am-241). No módulo chinês, partículas beta (elétrons) transformam-se em corrente elétrica por meio de um sistema conversor específico.O processo de decaimento ou desintegração radioativa ocorre quando o núcleo instável de um elemento químico se transforma no núcleo de outro elemento, que tem menos energia. O processo libera radiação eletromagnética e pode emitir partículas. Esse fenômeno é caracterizado pela meia-vida, que é o tempo necessário para que metade dos átomos do isótopo radioativo presente em uma amostra se desintegre."Durante nosso desenvolvimento, tivemos que dimensionar um módulo gerador termelétrico, responsável por converter a energia térmica em elétrica”, explica o engenheiro químico e doutor em tecnologia nuclear Carlos Alberto Zeituni. Ele é o gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (Ceter) do Ipen, uma das unidades envolvidas no projeto – a outra é o Centro de Engenharia Nuclear (Ceeng).A principal vantagem das baterias nucleares é a possibilidade de fornecer carga durante um longo período de tempo. "Uma bateria química convencional dura cinco anos, enquanto uma de lítio chega a 10 anos. As nucleares podem ter duração de 50, 100 anos ou mais, dependendo do material radioativo utilizado. A nossa, estimamos que vá durar mais de 200 anos”, diz Zeituni.O Ipen não mediu a potência do módulo, cuja tensão elétrica é de apenas 20 milivolts (mV). O próximo passo, segundo o centro, é construir uma versão com 100 miliwatts (mW) de potência, capaz de controlar uma estação meteorológica remota ‒ a tensão dependerá do termelétrico empregado. A pesquisa, iniciada há dois anos, vem sendo financiada por uma empresa nacional interessada em comercializar a tecnologia. Por contrato, seu nome não pode ser revelado.Para criar o módulo, os pesquisadores do Ipen utilizaram 11 fontes de amerício que eram originalmente empregadas em equipamentos de medição de espessura de chapas. Para eliminar o risco de vazamento do material radioativo, as fontes foram empilhadas e encapsuladas em um tubo de alumínio."O parâmetro inicial de todo o projeto nuclear tem que ser a segurança. A bateria só será comercializada quando houver garantia de que o risco de vazamento é nulo. Por isso, vamos usar um duplo ou triplo encapsulamento do material radioativo e realizaremos testes de impacto e de quebra”, esclarece o engenheiro mecânico Eduardo Lustosa Cabral, pesquisador do Ceeng que participa do projeto.Rovers da NasaBaterias nucleares como as projetadas pelo Ipen e Betavolt começaram a ser estudadas no início do século passado. Não há ainda fabricação comercial desses dispositivos. A produção, limitada, é feita principalmente por governos de países que dominam a tecnologia nuclear ‒ como Estados Unidos, Rússia, França, China e Inglaterra – e centros de pesquisa, geralmente estatais.A tecnologia é empregada em dispositivos situados em lugares de difícil acesso, como faróis em ilhas desertas, cavernas, fundo do mar e laboratórios no Ártico e na Antártida. Na década de 1970, foram utilizadas na área da saúde. "Baterias nucleares de plutônio-238 foram usadas em marcapassos, aparelhos que monitoram e regulam os batimentos do coração, implantados em mais de 300 pessoas. Não houve nenhum relato de vazamento ou falha”, conta a engenheira química e doutora em tecnologia nuclear Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do Ceeng e líder do grupo.Os rovers da agência espacial norte-americana Nasa empregam esse tipo de tecnologia, bem como a sonda espacial Voyager, lançada ao espaço em 1977 – suas baterias nucleares são usadas para girar os painéis solares que fornecem energia para a nave. Na mesma linha, o dispositivo desenvolvido no Ipen será destinado a aplicações em locais remotos."O uso dessa tecnologia é restrito por causa do custo de fabricação, da disponibilidade de matéria-prima e da dificuldade de produção, a começar pela manipulação e encapsulamento do material radioativo”, informa Ribeiro. É preciso muito cuidado para evitar vazamento durante a fabricação e a operação do dispositivo. Outra dificuldade diz respeito ao fato de toda a parte elétrica estar exposta à radiação, o que pode acarretar danos ao sistema. Tudo precisa ser muito bem selado.Dura competiçãoPara o físico Hudson Zanin, da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador de uma pesquisa que visa desenvolver uma bateria à base de sódio (ver Pesquisa FAPESP no 329), o trabalho feito no Ipen é promissor, mas terá que superar desafios para resultar em um produto comercial."Em um momento que se discute como passar para uma sociedade 100% elétrica e baseada em fontes renováveis de energia, que irão substituir os combustíveis fósseis, o armazenamento de energia é uma tecnologia-chave. Por isso, o desenvolvimento dos mais diferentes tipos de baterias, inclusive essa do Ipen, é importante”, afirma."O longo tempo de operação sem recarga das baterias nucleares é seu grande diferencial, mas elas precisam evoluir para aumentar a tensão de saída”, ressalva o físico da Unicamp. "Além disso”, destaca, "irão enfrentar uma dura competição com outras tecnologias avançadas, mais baratas e já estabelecidas, como as baterias de lítio-fosfato-ferro (LFP) e de níquel-cobalto-manganês (NCM)”. -
- 29/03/2024 - USP e Unicamp desenvolvem projetos de bateria infinitaNovos dispositivos capazes de gerar energia por longos períodos de tempo sem a necessidade de recarga vão transformar a economia mundial
Novos dispositivos capazes de gerar energia por longos períodos de tempo sem a necessidade de recarga vão transformar a economia mundial
Fonte: Isto É
Uma equipe de cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), vinculado à Universidade de São Paulo (USP), trabalha em um projeto revolucionário: um protótipo de bateria nuclear termoelétrica que pode fornecer energia por mais de dois séculos.
Apresentada à comunidade acadêmica no final do ano passado, essa inovação é capaz de gerar eletricidade sem a necessidade de qualquer forma de recarga, representando um avanço notável na busca por soluções energéticas duradouras. A tecnologia pioneira, baseada na conversão de calor em energia elétrica, promete uma solução de longo prazo para aplicações que requerem fontes de energia confiáveis e praticamente inesgotáveis.
Além da pesquisa do IPEN, outra vertente de bateria infinita está sendo produzida no Brasil. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão desenvolvendo o primeiro protótipo de uma bateria feita à base de sódio.
Seria algo inédito até o momento, uma vez que as baterias geralmente são feitas de lítio, devido à sua maior duração e capacidade de armazenamento de energia.
O físico Hudson Zanin, líder do projeto de pesquisa, argumenta que os módulos de sódio possuem vantagens competitivas futuras."O sódio é um insumo acessível e disponível em qualquer país. Seu refino em larga escala proporcionará maior viabilidade econômica em relação à de lítio, que enfrentará fortes demandas no mercado”.
Made in China
A startup chinesa Betavolt lançou, no início do ano, uma bateria que poderia durar cerca de cinquenta anos. O aparelho é o primeiro dispositivo do mundo a miniaturizar a energia atômica.
Essa bateria contém isótopos de níquel-63 agrupados dentro de um dispositivo de tamanho inferior ao de uma moeda.
Em 2025, a Betavolt pretende lançar no mercado uma versão de maior potência que poderá energizar celulares, drones, marca-passos e corações artificiais.
As baterias nucleares hoje são usadas apenas em lugares remotos, como faróis em ilhas desertas, satélites e rovers da NASA enviados a Marte, como o Curiosity.
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- 28/03/2024 - Finep e FAPESP financiando startupsEvento da Agência USP de Inovação apresentará as linhas de financiamento das duas agências voltadas a pequenas empresas
Evento da Agência USP de Inovação apresentará as linhas de financiamento das duas agências voltadas a pequenas empresas
Fonte: Agência FAPESP
A Agência USP de Inovação (Auspin) promoverá, na próxima quinta-feira (04/04), o encontro "Finep e FAPESP financiando startups”. O evento abordará as linhas de financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da FAPESP para incentivar as startups.
Os participantes terão a chance de conhecer e se aprofundar nas linhas de financiamento dos órgãos de fomento, com a apresentação dos programas, exigências e formatos para apresentação de projetos de inovação e empreendedorismo.
Além das palestras com as agências financiadoras, haverá a inauguração da Unidade 2 da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo, mantida pela Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) sob gestão do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), que tem como objetivo criar e operacionalizar um ambiente catalisador de inovação, de referência internacional, para colaboração entre instituições públicas, privadas e academia, a fim de desenvolver novos empreendimentos intensivos em conhecimento e tecnologias em ciências da vida.
Na parte da manhã, a partir das 10h30, o encontro será realizado na av. Prof. Ernesto de Moraes Leme, 400, Cidade Universitária, São Paulo.
À tarde, a partir das 13h30, o evento ocorrerá no Auditório da Inova USP, av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 370, Cidade Universitária, São Paulo.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela página do evento na plataforma Sympla.
Mais informações: www.inovacao.usp.br/financiandostartups/.
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- 26/03/2024 - Treinamento técnico em espectroscopia Raman de tecidos biológicos no IpenCandidato deve ter experiência em análises estatísticas descritivas e multivariadas, bem como em programação com linguagem R ou Phyton
Candidato deve ter experiência em análises estatísticas descritivas e multivariadas, bem como em programação com linguagem R ou Phyton
Uma vaga de treinamento técnico nível quatro A (TT-4A) com bolsa da FAPESP está disponível pelo projeto "Caracterização fenotípica por microscopia Raman, ters e snom em fibras musculares esquelética de camundongos”. O prazo de inscrição vai até domingo (31/03).O projeto é conduzido no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
O candidato deve ter experiência em técnicas de espectroscopia Raman aplicada a biotônica para tecidos celulares. Além disso, é importante experiência em análises estatísticas descritivas e multivariadas, destacando análise de componente principal e tendo como diferencial análise discriminante por mínimos quadrados parciais.
Deseja-se experiência em programação com linguagem R ou Phyton para desenvolvimento de modelos de classificação supervisionados usando machine learning.
Mais informações sobre a vaga e as inscrições em: www.fapesp.br/oportunidades/6848/.
A vaga em TT-4A tem valor de R$ 6.242,40 mensais. Essa bolsa FAPESP é voltada para especialistas em tecnologia da informação com pelo menos quatro anos de experiência após a graduação, que não tenham vínculo empregatício e possam se dedicar de 16 a 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa.
Mais informações sobre as bolsas de Treinamento Técnico da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.
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- 26/03/2024 - Associação de energia global premia cientista brasileira no Fórum ATOMEXPO na Rússia, com a presença do ex-ministro Bento AlbuquerqueFonte: Petronotícias
Isolda Costa, Diretora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) do Brasil, foi homenageada ao receber o Diploma Honorário da Associação Global de Energia. A cerimônia ocorreu no 13º Fórum Internacional ATOMEXPO 2024, que está acontecendo em São Petersburgo, na Rússia. O Diploma foi concedido por Sergey Brilev, Presidente da Associação. "Este prêmio não é apenas meu, mas também da Comissão Nacional de Energia Nuclear do Brasil (CNEN) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), onde trabalhei por 42 anos. Estou orgulhosa das conquistas no campo da medicina nuclear que alcançamos em cooperação com a Rússia, a Rosatom e a associação inter-regional Isótopo, CNEN e IPEN que fornecem radiotraçadores para mais de 430 hospitais e clínicas no Brasil, atendendo a 85% das necessidades nacionais. Nossa missão é melhorar a qualidade de vida das pessoas, e realmente a cumprimos", disse Isolda Costa.Sergey Brilev disse que "Também gostaríamos de expressar nossa gratidão a ela por participar do projeto especial da Associação que aborda a evolução da energia nuclear na América do Sul. Graças à Dra. Costa, conseguimos organizar filmagens no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), bem como no primeiro reator de pesquisa do Brasil. Outros projetos que destacamos durante este período são o novo sistema de detecção de vibrações na Argentina e o projeto de medicina nuclear realizado pela Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) com a participação de cientistas bolivianos, argentinos e russos. O coração deste projeto são as filmagens no Brasil, e somos muito gratos a Isolda por torná-las possíveis".
Quem também está participando de várias conversações e analisando as novidades apresentadas pela Rosatom durante a realização do evento, é o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele também esteve em Bruxelas, na Bélgica, onde participou do Nuclear Energy Summit, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com o Presidente da Abdan, Celso Cunha. Eles aproveitaram para acertar os detalhes da vinda do Diretor Geral da Agência de Energia Atômica, Rafael Grossi, e do Diretor da Agência Internacional de Energia, Faith Birol, no próximo mês para participarem do evento brasileiro Nuclear Summit, organizado pela ABDAN, com apoio de várias empresas patrocinadoras. Será o mais importante evento nuclear da América Latina e será realizado no próximo mês, no Rio de Janeiro. Grossi e Birol aproveitarão a presença no Brasil para fazer uma visita ao Congresso Nacional.
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- 22/03/2024 - Parceria Museu do Ipiranga e IPEN: Tratamento de acervo com raios gamaFonte: Perfis do Museu do Ipiranga no Instagram e Facebook
Cuidar do acervo do Museu do Ipiranga, com mais de 450 mil itens, requer um complexo trabalho que envolve desde ações simples até, ocasionalmente, o uso das mais sofisticadas tecnologias.
Nossas coleções são compostas pelos mais diversos tipos de itens, como objetos tridimensionais, impressos, manuscritos e acervos iconográficos com pinturas, desenhos, fotografia e cartografia.
A maior parte tem como suporte o papel, para o qual a conservação preventiva é a principal estratégia de preservação. Entretanto, há situações nas quais uma ação mais interventiva é necessária.
Um exemplo é a infestação por insetos xilófagos. Papel e madeira servem de alimento para animais como cupins e brocas e o clima quente e úmido favorece o rápido aumento desses insetos.
Para enfrentar tal problema, nosso acervo de jornais e cartografia, com mais de 10 mil itens como encadernados, documentos avulsos e plantas, recebeu o valioso auxílio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado de São Paulo.
No IPEN, nossos papéis foram submetidos à ionização gama. O processo é feito em uma instalação denominada Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, utilizada pelo IPEN há 20 anos em seu Centro de Tecnologia das Radiações – CETER.
Os raios gama utilizados têm uma grande capacidade de penetração nos materiais, percorrendo toda extensão de um objeto em pouco tempo, mesmo de grande porte e se torna uma excelente alternativa rápida e eficaz para tratamentos em massa.
A ionização gama age de forma letal em microrganismos e insetos que provocam a biodeterioração de materiais orgânicos, sendo uma alternativa eficiente quando comparada com outros métodos que podem oferecer riscos tanto para o acervo quanto para a saúde dos colaboradores.
Além de colaborar com mais de 50 instituições de preservação como é o caso do Museu do Ipiranga, o IPEN atua em vários setores da atividade nuclear, cujos resultados vêm proporcionando avanços significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o país. -
- 21/03/2024 - IPEN realiza primeiro encontro da parceria britânica que poderá ajudar o projeto RMBAcadêmicos, representantes de órgãos financiadores e cientistas brasileiros debatem termos de colaboração com o Reino Unido para a tecnologia de dispersão de nêutrons, que ajudará o Brasil a produzir radiofármacos e avançar na tecnologia nuclear
Acadêmicos, representantes de órgãos financiadores e cientistas brasileiros debatem termos de colaboração com o Reino Unido para a tecnologia de dispersão de nêutrons, que ajudará o Brasil a produzir radiofármacos e avançar na tecnologia nuclear
Fonte: Sociedade Brasileira de Física
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, realizou no último dia 18 de março o "Primeiro Encontro da Colaboração ISIS-Brasil para Nêutrons”. O evento reuniu acadêmicos, representantes de órgãos financiadores e cientistas brasileiros para discutir uma parceria científica entre Brasil e Reino Unido.
O encontro debateu essa abordagem inovadora da dispersão de nêutrons, uma técnica capaz de investigar a estrutura e dinâmica dos materiais em uma ampla gama de escalas, que permite aos cientistas estudar os materiais de forma detalhada, fornecendo insights para diversas áreas, desde a energia até a medicina.
O ISIS Neutron and Muon Source é a entidade que realiza em suas instalações no Reino Unido a dispersão de nêutrons, reunindo uma comunidade internacional de mil cientistas que produz cerca de 600 publicações por ano. O interesse do acordo não é apenas o de o País realizar pesquisas no exterior, mas principalmente desenvolver o projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), comandado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que deverá ser construído em Iperó, no interior de São Paulo.
O RMB será capaz de produzir radioisótopos para uso na medicina e na indústria; teste de materiais e combustíveis nucleares para reatores de potência; utilização de feixe de nêutrons para pesquisa científica e tecnológica em diferentes campos da ciência; análise por ativação neutrônica; produção de traçadores para aplicação em pesquisas na agricultura e meio ambiente; formação na área nuclear; e treinamento de pessoal para operação e manutenção de reatores de potência.
Para promover uma colaboração entre o ISIS e instituições brasileiras, e assim construir uma comunidade de usuários sustentável para o RMB, o Fundo de Parcerias Científicas Internacionais do Reino Unido (ISPF) recentemente forneceu financiamento para acesso brasileiro ao ISIS e para atividades conjuntas no período de 2023-2027.
Durante a reunião no IPEN foram discutidos ainda planos de curto e médio prazo para a colaboração, bem como a elaboração de um memorando de entendimento entre as instituições brasileiras e o ISIS, que visa estabelecer um comitê conjunto para avaliar propostas brasileiras de experimentos no ISIS.
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- 20/03/2024 - Centro de pesquisa brasileiro desenvolve protótipo de bateria nuclearDispositivo poderá gerar energia por centenas de anos sem necessidade de recarga
Dispositivo poderá gerar energia por centenas de anos sem necessidade de recarga
Fonte: Revista FAPESP
Imagine um telefone celular cuja bateria dure anos e não precise ser plugado na tomada para recarregar. Ou um drone capaz de voar indefinidamente sobre a Amazônia, registrando focos de desmatamento e de mineração ilegal. Situações como essas poderão se tornar realidade, em algum tempo, com o início da produção comercial de novos sistemas de armazenamento de energia que usam material radioativo para gerar eletricidade ininterruptamente, por dezenas ou centenas de anos.
Uma das inovações foi revelada no começo do ano pela startup chinesa Betavolt. A empresa desenvolveu uma bateria nuclear que poderá gerar energia por 50 anos sem necessidade de recarga. O dispositivo mede 15 milímetros (mm) de comprimento, por 15 mm de largura e 5 mm de espessura e opera a partir da conversão da energia liberada pelo decaimento de isótopos radioativos de níquel (Ni-63). Com 100 microwatts (µW) de potência e 3 volts (V) de tensão elétrica, o módulo é um projeto-piloto. A Betavolt planeja colocar no mercado em 2025 uma versão mais potente da bateria, com 1 watt (W). Ela tem função modular e, de acordo com a startup, poderá ser empregada em série para energizar drones ou celulares.
O Brasil tem estudos na área. Uma equipe do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com sede em São Paulo, apresentou no fim de 2023 o primeiro protótipo de uma bateria nuclear termelétrica feito no país. O princípio de funcionamento do dispositivo, também conhecido como gerador termelétrico radioisotópico (RTG), é diferente do sistema da Betavolt: uma corrente elétrica é produzida a partir da conversão do calor gerado pela desintegração de um isótopo de amerício (Am-241). No módulo chinês, partículas beta (elétrons) transformam-se em corrente elétrica por meio de um sistema conversor específico.
O processo de decaimento ou desintegração radioativa ocorre quando o núcleo instável de um elemento químico se transforma no núcleo de outro elemento, que tem menos energia. O processo libera radiação eletromagnética e pode emitir partículas. Esse fenômeno é caracterizado pela meia-vida, queé o tempo necessário para que metade dos átomos do isótopo radioativo presente em uma amostra se desintegre.
"Durante nosso desenvolvimento, tivemos que dimensionar um módulo gerador termelétrico, responsável por converter a energia térmica em elétrica”, explica o engenheiro químico e doutor em tecnologia nuclear Carlos Alberto Zeituni. Ele é o gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (Ceter) do Ipen, uma das unidades envolvidas no projeto – a outra é o Centro de Engenharia Nuclear (Ceeng).
Alexandre Affonso/ Revista Pesquisa FAPESP
A principal vantagem das baterias nucleares é a possibilidade de fornecer carga durante um longo período de tempo. "Uma bateria química convencional dura cinco anos, enquanto uma de lítio chega a 10 anos. As nucleares podem ter duração de 50, 100 anos ou mais, dependendo do material radioativo utilizado. A nossa, estimamos que vá durar mais de 200 anos”, diz Zeituni.
O Ipen não mediu a potência do módulo, cuja tensão elétrica é de apenas 20 milivolts (mV). O próximo passo, segundo o centro, é construir uma versão com 100 miliwatts (mW) de potência, capaz de controlar uma estação meteorológica remota ‒ a tensão dependerá do termelétrico empregado. A pesquisa, iniciada há dois anos, vem sendo financiada por uma empresa nacional interessada em comercializar a tecnologia. Por contrato, seu nome não pode ser revelado.
Para criar o módulo, os pesquisadores do Ipen utilizaram 11 fontes de amerício que eram originalmente empregadas em equipamentos de medição de espessura de chapas. Para eliminar o risco de vazamento do material radioativo, as fontes foram empilhadas e encapsuladas em um tubo de alumínio.
"O parâmetro inicial de todo o projeto nuclear tem que ser a segurança. A bateria só será comercializada quando houver garantia de que o risco de vazamento é nulo. Por isso, vamos usar um duplo ou triplo encapsulamento do material radioativo e realizaremos testes de impacto e de quebra”, esclarece o engenheiro mecânico Eduardo Lustosa Cabral, pesquisador do Ceeng que participa do projeto.
Rovers da Nasa
Baterias nucleares como as projetadas pelo Ipen e Betavolt começaram a ser estudadas no início do século passado. Não há ainda fabricação comercial desses dispositivos. A produção, limitada, é feita principalmente por governos de países que dominam a tecnologia nuclear ‒ como Estados Unidos, Rússia, França, China e Inglaterra – e centros de pesquisa, geralmente estatais.
A tecnologia é empregada em dispositivos situados em lugares de difícil acesso, como faróis em ilhas desertas, cavernas, fundo do mar e laboratórios no Ártico e na Antártida. Na década de 1970, foram utilizadas na área da saúde. "Baterias nucleares de plutônio-238 foram usadas em marcapassos, aparelhos que monitoram e regulam os batimentos do coração, implantados em mais de 300 pessoas. Não houve nenhum relato de vazamento ou falha”, conta a engenheira química e doutora em tecnologia nuclear Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do Ceeng e líder do grupo.
Os rovers da agência espacial norte-americana Nasa empregam esse tipo de tecnologia, bem como a sonda espacial Voyager, lançada ao espaço em 1977 – suas baterias nucleares são usadas para girar os painéis solares que fornecem energia para a nave. Na mesma linha, o dispositivo desenvolvido no Ipen será destinado a aplicações em locais remotos.
"O uso dessa tecnologia é restrito por causa do custo de fabricação, da disponibilidade de matéria-prima e da dificuldade de produção, a começar pela manipulação e encapsulamento do material radioativo”, informa Ribeiro. É preciso muito cuidado para evitar vazamento durante a fabricação e a operação do dispositivo. Outra dificuldade diz respeito ao fato de toda a parte elétrica estar exposta à radiação, o que pode acarretar danos ao sistema. Tudo precisa ser muito bem selado.
Dura competição
Para o físico Hudson Zanin, da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador de uma pesquisa que visa desenvolver uma bateria à base de sódio (ver Pesquisa FAPESP no 329), o trabalho feito no Ipen é promissor, mas terá que superar desafios para resultar em um produto comercial.
"Em um momento que se discute como passar para uma sociedade 100% elétrica e baseada em fontes renováveis de energia, que irão substituir os combustíveis fósseis, o armazenamento de energia é uma tecnologia-chave. Por isso, o desenvolvimento dos mais diferentes tipos de baterias, inclusive essa do Ipen, é importante”, afirma.
"O longo tempo de operação sem recarga das baterias nucleares é seu grande diferencial, mas elas precisam evoluir para aumentar a tensão de saída”, ressalva o físico da Unicamp. "Além disso”, destaca, "irão enfrentar uma dura competição com outras tecnologias avançadas, mais baratas e já estabelecidas, como as baterias de lítio-fosfato-ferro (LFP) e de níquel-cobalto-manganês (NCM)”.
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- 08/03/2024 - Jovens pesquisadoras que trabalham com nêutronsFonte: Jovem Cientista
No Centro do Reator de Pesquisas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (CERPQ/IPEN) jovens pesquisadoras realizam diferentes atividades com nêutrons que são gerados no Reator IEA-R1.
Com nêutrons é possível identificar e quantificar elementos químicos, o que possibilita realização de pesquisa científica nas áreas de Física Nuclear Experimental e da Matéria Condensada, bem como de Análise por Ativação Neutrônica, além da produção e calibração de fontes radioativas.
Na área de nutrição os nêutrons podem ser utilizados, por exemplo, para investigação do teor mineral de suplementos e alimentos fortificados bem como para controle de qualidade de insumos alimentícios. Na área da saúde para uso em análises clínicas e diferentes investigações tecnológicas voltadas ao desenvolvimento de novos radiofármacos, bem como análise e testes de novos materiais.
Com nêutrons é possível também monitorar a poluição marinha e investigar materiais de interesse ambiental, como água, solo e sedimentos, vegetação e rejeitos. Os nêutrons são também de grande utilidade em análise forense, como na investigação de materiais artísticos que auxiliam a identificação de fraudes, datação, restauro e conservação.
Atualmente, com o avanço de IA várias pesquisas com nêutrons são direcionadas a implementar a área de ciência da saúde, que envolvem desde melhorias em exames de imagem e até a otimização de serviços de medicina nuclear.
Essas jovens cientistas realizam investigações científicas que contribuem para o bem-estar da população e do meio ambiente.
Conheça as jovens pesquisadoras que atuam no Centro de Reator do Pesquisas do IPEN e as contribuições científicas bem como os avanços tecnológicos e as inovações que essas investigações podem introduzir nas diversas áreas da sociedade.
Jovens Pesquisadoras do Centro do Reator de Pesquisas
Ana Karolina Defente Caetano/Mestrado: Criação de indicadores de gestão para a atuação do profissional biomédico em serviços de medicina nuclear.
Caroline Rodrigues Albuquerque/Doutorado: Avaliação de razão elementares em conchas de ostras cultivadas em cativeiro e em ambiente natural como indicador de mudanças ambientais.
Eliziária Abreu/ Estagiaria: Determinação de ferro sanguíneo por FRXDE: estudo comparativo utilizando alvos de Rh, Ag e Au.
Josefa Ferreira Benevides/Estagiária: Avaliação de desempenho do espectrômetro de FRX com alvo de Rh.
Julia Ponchio Muraro/Iniciação Científica: Determining Experimental Conditions for soybean analysis by neutron Activation analysis
Larissa Augusta Santos Moura/Iniciação Cientifica: Avaliação da concentração de fósforo em sangue total utilizando a técnica FRXDE.
Leila Cecília Ferreira Conserva/Iniciação Científica: Otimização da metodologia de FRXDE para determinação de Potássio em sangue total.
Luciana Silva Albuquerque de Melo/Mestrado: Desenvolvimento de um algoritmo de segmentação de imagens da próstata utilizando a técnica de Machine Learning.
Maria Gabriela Miquelino Benedito/Iniciação Científica: Determinação de ferro sanguíneo por FRX na população feminina acima de 60 anos: alternativa para prática clínica na medicina geriátrica.
Maria Paula De Oliveira Goes/Mestrado: Avanços no diagnóstico laboratorial com ênfase em recém-nascidos: avaliação dos índices de normalidade em sangue total utilizando a técnica de FRXDE.Marisa Iglezias da Luz/Mestrado: Determinação da capacidade de adsorção de íons metálicos por nanoplásticos e de adsorção de nanoplásticos em culturas celulares com traçadores radioativos”.
Maite Ozório de Andrade/Mestrado: Síntese de Perovskitas de Haletos Metálicos do tipo Cs (Pb,Sn)(Cl, Br, I)3e caracterização por medidas de parâmetros hiperfinos em função da temperatura.
Patricia Ramos Carvalho/Pós-doutorado: Estudo geológico de sedimentos da confluência dos rios Negro e Solimões na Amazônia.
Renata Mendes Nory/Doutorado: Produção do radionuclídeo Lu-177 no reator nuclear IEA-R1 para aplicações em medicina nuclear
Tamires de Araujo Mora/Doutorado: Determinação das variações sazonais e das taxas de deposição de7Be e210Pb em água de chuva e aerossóis da floresta tropical amazônica.
Tânia de Paula Brambilla Tchobnian/Pós-doutorado: Determinação da atividade de emissores gama em rejeitos radioativos operacionais da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.
Tatiane da Silva Nascimento Sales/Pós-doutorado: Nanopartículas magnéticas para radioterapia: síntese, caracterização, marcação com radioisótopos e aplicação em células de tumor.
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- 08/03/2024 - Mulheres, Ciência e TecnologiaFonte: Marinha do Brasil
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), localizada em São Paulo, realizou no dia 8 de março o Fórum "Mulheres, Ciência e Tecnologia". Presidido pelo Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, o encontro teve como propósito debater sobre pesquisas, produção científica e a refletir a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.
Na abertura, uma das mais renomadas pesquisadoras do mar no Brasil, Dra. Eliane Gonzalez, falou da sua carreira e proferiu palavras motivacionais. Em seguida, foi exibido um vídeo com depoimentos de servidoras militares e civis, destacando a participação de algumas das mulheres que contribuem diariamente para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação na Marinha do Brasil.
O Fórum contou com a participação da Diretora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Dra. Isolda Costa; da Professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Departamento de Engenharia Nuclear e coordenadora da Pós-graduação do Programa de Engenharia Nuclear do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE/UFRJ), Dra. Inayá Lima; da Diretora do Instituto de Pesquisas da Marinha (IPQM), Capitão de Mar e Guerra (EN) Carla de Sousa Martins; e da Encarregada da Divisão de Apoio a Saúde do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), Capitão de Corveta (S) Andreia Carneiro da Silva.
"No domínio da Ciência e Tecnologia, as últimas décadas foram marcadas por notável desenvolvimento na presença e na contribuição feminina, com aumento significativo na participação e na legitimação do trabalho de mulheres em áreas como engenharia, ciência da computação, biotecnologia, física e outras”, disse o Almirante Rabello.
A diretora-superintendente do IPEN, Dra. Isolda Costa, comentou que o Fórum realizado pela Marinha é uma forma de incentivar novas mulheres a acreditarem que podem assumir funções diversas nas carreiras de CT&I. "Parabenizamos os organizadores por esta excelente iniciativa de trazer para o debate experiências que estão dando certo e que podem inspirar outras mulheres a considerarem como possibilidades futuras a dedicação às atividades de CT&I”.
Ainda segundo a Dra Isolda Costa, as mulheres vêm conquistando espaços em vários setores da sociedade e o setor de CT&I é um que comprova estas conquistas de forma muito clara. "Hoje temos pela primeira vez uma Ministra ocupando o cargo máximo no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que é a engenheira eletricista Luciana Santos. No IPEN, temos pela primeira vez uma superintendente mulher e várias mulheres ocupando posições de gerentes e coordenadoras. O que tem sido observado é que ao ocupar estas posições as mulheres têm desempenhado de forma eficiente as funções que lhe são atribuídas e esta comprovação tem gerado confiança na competência das mulheres para assumir estes cargos”.
Segundo a professora Dra. Inayá, da COPPE/UFRJ, no setor nuclear, a igualdade de gênero é um desafio. Apesar de avanços nos últimos anos, ainda é um mercado majoritariamente dominado por homens. Mas, apesar das dificuldades enfrentadas, isso não significa que não existam mulheres na tecnologia nuclear que tenham marcado o setor e contribuído com suas criações. "A inclusão de mulheres na tecnologia é crucial para garantir a diversidade e a representatividade no setor nuclear. É um campo que influencia diretamente a vida cotidiana e a sociedade como um todo, e é importante sempre refletir as diferentes perspectivas e necessidades de todos os grupos sociais".
Para a pesquisadora e encarregada da Divisão de Apoio a Saúde do CEFAN, Capitão de Corveta (S) Andreia, a participação das mulheres na ciência, tecnologia e inovação é fundamental para garantir a diversidade de perspectivas e fomentar descobertas que atendam à toda a sociedade. "Enriquece o processo criativo e impulsiona a igualdade de gênero nos campos tradicionalmente dominados por homens. Além disso, promove modelos inspiradores para futuras gerações, assegurando um futuro mais inclusivo e equitativo”.
O evento foi transmitido online para todas as Organizações Militares subordinadas à DGDNTM e contou com expressiva participação de mulheres do Setor de CT&I da Marinha do Brasil.
Finalizando as homenagens, o Almirante Rabello entregou uma lembrança às participantes.
Desde que a Marinha do Brasil (MB) abriu as portas para as primeiras mulheres incorporarem seu efetivo, em 1980, novos capítulos dessa história continuam a ser escritos, dia após dia, com a competência e o empenho necessários para superar os desafios.
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- 26/02/2024 - Ipen e UFC firmam Acordo de Cooperação na área de Materiais e DivulgaçãoO Acordo contempla a realização conjunta de eventos, intercâmbios de docentes e profissionais, bem como a oportunidade para alunos, pesquisadores e colaboradores realizarem estágios nas duas instituições
O Acordo contempla a realização conjunta de eventos, intercâmbios de docentes e profissionais, bem como a oportunidade para alunos, pesquisadores e colaboradores realizarem estágios nas duas instituições
Fonte: Jornal da Ciência
A diretora-superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Isolda Costa, e a vice-reitora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Diana Cristina Silva de Azevedo, formalizaram, nesta sexta-feira, às 9h, um histórico Acordo de Cooperação Acadêmica e Técnico-Científica na área de Materiais, especificamente Corrosão, e Divulgação Científica.
A cerimônia ocorreu no Gabinete da Reitoria da UFC, em Fortaleza, reunindo pesquisadores e professores das duas instituições.
O Acordo tem como principal objetivo promover o desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa e divulgação nas áreas de atuação do IPEN e da UFC, visando contribuir significativamente para o avanço científico e tecnológico e compartilhar esses conhecimentos com a sociedade.
Além disso, o Acordo contempla a realização conjunta de eventos, intercâmbios de docentes e profissionais, bem como a oportunidade para alunos, pesquisadores e colaboradores realizarem estágios nas duas instituições. Essa iniciativa busca fortalecer os laços entre as comunidades acadêmicas, fomentando a colaboração e o intercâmbio de conhecimentos.
O IPEN, unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é reconhecido por sua excelência em pesquisa nas áreas de energia nuclear e materiais. A UFC, que completa 70 anos em 2024, é uma das melhores universidades do País, com infraestrutura moderna e um corpo docente altamente qualificado.
A vice-reitora Diana Azevedo expressou sua satisfação com o Acordo, destacando sua importância para a UFC: "Celebramos este acordo como uma das realizações em comemoração aos 70 anos da nossa universidade. É uma oportunidade de conectar formalmente a UFC com o IPEN, um instituto patrimônio para o Brasil.”
Isolda Costa, diretora do IPEN/CNEN, enfatizou o potencial do Acordo para novas colaborações: "Acreditamos que esse Acordo vai abrir novas oportunidades para outros pesquisadores também se juntarem. Apesar de ser específico para a área de corrosão, por estar abrigado no Departamento de Materiais da UFC, possibilitará novas parcerias em outras áreas.”
Isolda ressaltou ainda que a UFC possui infraestrutura avançada, o que propicia colaborações de alta qualidade. "Podemos fazer parcerias que reúnam essas duas infraestruturas e permitam trabalhos de excelência, não apenas na área de materiais, mas também em saúde, biotecnologia, entre outras”, salientou.
A diretora do IPEN/CNEN pretende realizar, internamente, uma campanha para identificar pesquisadores interessados em se juntar ao Acordo, ampliando as possibilidades de colaboração e pesquisa.
Diana Azevedo acrescentou que a cooperação vai além da área de materiais, estendendo-se à saúde e contribuindo para o letramento científico da população sobre as energias nucleares. Ela cita um importante fruto da colaboração que se concretizará este ano, a organização conjunta de um congresso de envergadura nacional, o 25o Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais (CBECiMat).
Engenheira química, a vice-reitora também é pró-reitora de Relações Institucionais e fez questão de estar presente na assinatura do Acordo com o IPEN/CNEN.
Participaram também da cerimônia, pela UFC, Walney Araújo, coordenador da Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais, do Centro de Tecnologia; Elineudo Pinho de Moura, chefe do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, e seu antecessor, Igor Vasconcelos; Ciro Nogueira Filho, professor do Departamento de Matemática e assessor da Reitoria, e professora Aline Abreu, assessora de Meio Ambiente do Gabinete da Reitoria.
Pelo IPEN/CNEN, estava o pesquisar Jesualdo Rossi, gerente adjunto do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM). Ele é um dos coordenadores, junto a Walney Araújo e Igor Vasconcelos, do 25oCBECiMat, que este ano será realizado em Fortaleza, de 24 a 28 de novembro.
Para Walney, "a grande importância desse acordo de cooperação é, primeiramente, a troca de experiências na área de engenharia e ciências materiais. Em seguida, é compartilhar essa interação IPEM-UFC com toda a universidade, a partir da participação de alunos e professores em projetos conjuntos, aproveitando a infraestrutura das duas instituições”, concluiu.
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- 23/02/2024 - UFC e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) firmam acordo; ciência de materiais e divulgação científica são focoFonte: Universidade Federal do Ceará
A Universidade Federal do Ceará (UFC) oficializou, por meio da assinatura de um acordo ocorrida nesta sexta-feira (23), cooperação técnica com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Na ocasião, a vice-reitora no exercício da Reitoria, Profª Diana Azevedo, recebeu a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Profª Isolda Costa, e Jesualdo Luiz Rossi, professor titular do IPEN e gerente-adjunto do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM) da instituição paulista.O acordo tem como objetivo principal o desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa e a divulgação das respectivas áreas de atuação das duas instituições na sociedade. O documento prevê parceria nas áreas de materiais (especificamente corrosão) e divulgação científica, com potencial de estender-se a temas como saúde, meio ambiente, energias renováveis, energia nuclear e indústria. Outra meta é a promoção conjunta de eventos relacionados às áreas da cooperação, intercâmbios de docentes dos programas de pós-graduação do IPEN/CNEN e da UFC, bem como a realização de estágios em ambas as instituições por alunos, pesquisadores e colaboradores.
Em um momento inicial do encontro, a Profª Isolda detalhou a infraestrutura, as linhas de pesquisa e os serviços prestados à sociedade e ao setor produtivo pelo IPEN, que conta com dois dos quatro reatores nucleares em atividade no País e fornece insumos para diversos procedimentos de diagnóstico médico, como os exames de cintilografia feitos no Sistema Único de Saúde (SUS).
"Nós temos no IPEN várias áreas de pesquisa que se coadunam com aquelas realizadas na UFC. São exemplos os trabalhos em energias renováveis, combustíveis e hidrogênio, que são temas onde a UFC tem expertise. Firmando esse acordo, acreditamos que a aproximação será muito maior. Poderemos trazer mais professores e pós-graduandos para se juntarem a esse trabalho de colaboração, além de juntar forças para divulgar as pesquisas de diversas áreas, dentro e fora das instituições”, explicou a coordenadora.
De acordo com Isolda, tanto o IPEN/CNEN quanto a UFC possuem infraestruturas muito boas, que se somarão na produção de pesquisas de alta qualidade. "Isso elevará a possibilidade de divulgação de resultados em revistas de alto fator de impacto no País e no mundo. Esse trabalho em rede será capilarizado muito mais rapidamente. É o começo de um novo caminho, com muito crescimento e atração de pesquisadores”, vislumbrou a representante do IPEN/CNEN.
A vice-reitora Diana Azevedo explanou aos presentes sobre a distribuição geográfica da UFC, seu processo de expansão, os recursos laboratoriais disponíveis e conceituados programas de pós-graduação, especialmente os de nota 6 e 7. Ela expressou sua satisfação com o acordo, ressaltando sua significância para a UFC: "Comemoramos este acordo como uma das conquistas em celebração aos 70 anos de nossa instituição. Representa uma oportunidade para estabelecer uma conexão formal entre a UFC e o IPEN, um instituto de grande importância para o Brasil. A cooperação abrange não apenas a área de materiais, mas também se estende à educação, contribuindo para a alfabetização científica da população sobre questões relacionadas às energias nucleares”, afirmou, enfatizando um resultado significativo dessa colaboração que será concretizado ainda este ano, que é a organização conjunta do 25º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais (CBECiMat), evento de envergadura nacional a ser realizado em novembro em Fortaleza.
Os próximos desdobramentos da parceria serão um levantamento, a ser feito na UFC e no IPEN, para identificar pesquisadores interessados em integrar as atividades previstas no acordo, ampliando as possibilidades de colaboração e pesquisa, além da organização conjunta do 25º CBECiMat, em cuja comissão organizadora estão os professores Jesualdo Rossi, Walney Araújo e Igor Vasconcelos, os dois últimos do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFC.
Participaram da reunião os pesquisadores Igor Frota Vasconcelos, Walney Silva Araújo e Elineudo Pinho de Moura (DEMM-UFC); a assessora de Meio Ambiente do Gabinete do Reitor, Profª Aliny Abreu; o assessor especial do Gabinete da Reitoria, Prof. Ciro Nogueira Filho; e o coordenador de Articulação Política Institucional do Gabinete da Reitoria, Daniel Fonsêca.
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- 13/02/2024 - Ciência no ritmo da bateria... nuclear!!!Fonte: Brasil Com Ciência
O programa de divulgação científica Brasil Com Ciência divulga em sua edição de 13/02/2024 o desenvolvimento da primeira bateria nuclear no Brasil por pesquisadores do IPEN-CNEN. A entrevista feita pelo jornalista e apresentador Edmon Garcia com a coordenadora do projeto, Maria Alice Morato Ribeiro, do Centro de Engenharia Nuclear, e com Carlos Zeituni, do Centro de Tecnologia das Radiações, inicia-se aos 28 minutos e 40 segundos do programa. Ambos comentam sobre o desenvolvimento da bateria, suas aplicações e perspectivas. O programa Brasil Com Ciência é uma produção do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial - SindCT, em parceria com a TVT
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- 03/02/2024 - Celular Nuclear: 200 anos longe da tomada (e com a bateria cheia)O Canaltech divulga vídeo sobre a primeira bateria nuclear brasileira desenvolvida por pesquisadores do IPEN-CNEN. A matéria comenta sobre a pesquisa e oferece noções sobre energia nuclear. A pesquisadora Maria Alice Morato Ribeiro, do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN e coordenadora do projeto foi entrevistada para a edição do vídeo.Link para a matéria:
https://www.youtube.com/watch?
v=sZWFliXP9TE
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- 26/01/2024 - IPEN, unidade técnico-científica da CNEN em São Paulo, recebe honraria da USP em seus 90 anosA diretora do IPEN, Isolda Costa, recebeu do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior a Medalha "Armando de Salles Oliveira” — a mais alta honraria da USP —, durante a cerimônia dos 90 anos de sua fundação, realizada nesta noite de 25 de janeiro, na Sala São Paulo.A celebração contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Fernando Haddad, Camilo Santana, Nísia Trindade, Alexandre Padilha, Silvio Almeida, entre outros.A honraria foi instituída em 2008, para homenagear pessoas, entidades e organizações nacionais ou estrangeiras que tenham contribuído de modo excepcional e decisivo para a valorização institucional, cultural, social e acadêmica da USP. O IPEN/CNEN foi a primeira instituição citada pelo reitor Carlotti, em seu discurso.O IPEN, unidade técnico-científica da CNEN em São Paulo, tem parceria histórica com a USP, que inclui o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, vinculado à Pós-Graduação da Universidade, considerado de excelência, conceito 6 na Capes.Além da pós-graduação, IPEN/CNEN e USP têm colaboração no curso de graduação em engenharia nuclear, da Escola Politécnica (Poli/USP), iniciado em 2021. Os estudantes têm à disposição laboratórios e instalações nucleares para realizar suas atividades acadêmicas e de pesquisa, e os pesquisadores do Instituto também integram o corpo docente.A Incubadora USP/IPEN, localizada no campus do IPEN/CNEN, desde a sua criação, em 1997, é pioneira em inovação de base tecnológica no Brasil, com mais de mil startups em seu portfolio. Tem como missão conectar atores do ecossistema de CT&I para transformar ideias disruptivas em negócios de impacto positivo em todo o país."A história do IPEN se confunde com a história da USP, no melhor e mais amplo sentido que isso possa ter. Receber essa honraria é o reconhecimento de que nossa atuação de décadas em parceria e colaborações é extremamente exitosa. Mas esse reconhecimento é recíproco, nós também consideramos que a USP contribuiu de modo excepcional e decisivo para a valorização institucional do IPEN", afirmou Isolda Costa.Francisco Rondinelli Júnior, presidente da CNEN, também marcou presença na cerimônia e destacou a importância da homenagem como um reconhecimento da USP à contribuição do IPEN para o avanço da ciência brasileira, principalmente na área nuclear.A noite de homenagens repercutiu nas redes sociais oficiais do governo, com destaque no Instagram, na conta @lulaoficial e também na conta da primeira-dama, Janja da Silva (@janjalula). Lula também recebeu a Medalha "Armando de Salles Oliveira”.Armando Salles Oliveira, engenheiro e político brasileiro, graduado pela Escola Politécnica de São Paulo, foi governador de São Paulo, em cujo mandato foi criada a USP. -
- 25/01/2024 - Concerto da Osusp e homenagens marcam início da comemoração dos 90 anos da USP28 instituições e pessoas que fazem parte da história da Universidade foram agraciados com a medalha Armando de Salles Oliveira
28 instituições e pessoas que fazem parte da história da Universidade foram agraciados com a medalha Armando de Salles Oliveira
Fonte: Jornal da USP
O imponente prédio da Sala São Paulo viveu uma noite festiva no dia 25 de janeiro. Um concerto da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) marcou o início da comemoração dos 90 anos da USP. O evento reuniu autoridades governamentais, entre eles o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente Geraldo Alckmin; seis ministros de Estado, além de ex-reitores, docentes, alunos e servidores da Universidade.
"Hoje, quando celebramos os 90 da nossa Universidade de São Paulo, além da alegria, do orgulho legítimo e da confiança na potência transformadora do conhecimento, somos convidados a analisar nosso passado e a pensar nosso futuro. A grandeza da USP decorre do trabalho de excelência de gerações que pesquisaram, estudaram, ensinaram e difundiram o saber para o progresso do nosso país”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, na abertura da cerimônia (leia aqui a íntegra do discurso do reitor).
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, agradeceu à USP pelos 12 presidentes formados pela Universidade e por dezenas de ministros e mentes extraordinárias que servem o Brasil. "O conhecimento é uma poderosa ferramenta. A USP mostra que, para fazer parte desse eixo do conhecimento, não é preciso ter nascido em berço de ouro. A cada dia a USP vai ficando cada vez mais com a cara do Brasil, preta, branca, indígena. A cara do povo brasileiro da periferia, que durante muitas décadas nem sonhava em entrar na USP e hoje já é metade dos alunos”, afirmou Lula.
"É uma alegria extraordinária ter a USP como parceira na condução de uma realidade melhor para todos os brasileiros, de todos os Estados, de todas as cores, de todas as raças”, ressaltou o presidente.
"Sem a ciência, a tecnologia e a inovação, não é possível ter um desenvolvimento consistente e sustentável no nosso Estado e no nosso país. O Estado de São Paulo teve uma liderança esclarecida que se preocupou com a educação e isso fez com que a USP se tornasse esse centro de excelência. Por isso eu quero agradecer, em nome do governador, a todos os professores, funcionários e alunos da USP que mantêm sempre viva essa busca incessante da qualidade. Não é apenas a formação de recursos humanos, é a formação de uma sociedade mais justa”, ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, que representou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no evento.
A cerimônia também foi marcada pela entrega da Medalha Armando de Salles Oliveira para 28 entidades e pessoas com atuação de grande relevância na parceria com a USP ao longo desses 90 anos.A condecoração foi criada em 2008 para homenagear pessoas, entidades e organizações que contribuem para a valorização institucional, cultural, social e acadêmica da USP e leva o nome do governador do Estado de São Paulo que assinou o decreto de criação da USP no ano de 1934.
Durante todo o ano de 2024, serão promovidos eventos e atividades para celebrar o aniversário da Universidade. Clique aqui e acompanhe a programação.
Homenageados com a medalha Armando de Salles Oliveira
- Governo da República Federativa do Brasil;
- Governo do Estado de São Paulo;
- Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo;
- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo;
- Supremo Tribunal Federal;
- Universidade Estadual de Campinas;
- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho;
- Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;
- Instituto Butantan;
- Marinha do Brasil;
- Instituto de Pesquisas Tecnológicas;
- Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares;
- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência;
- Academia Brasileira de Ciências;
- Academia de Ciências do Estado de São Paulo;
- Academia Brasileira de Letras;
- Academia Paulista de Letras;
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo;
- Associação Brasileira de Imprensa;
- Tribunal de Contas do Estado de São Paulo;
- Financiadora de Estudos e Projetos;
- Ministério Público do Estado de São Paulo;
- Congresso Nacional
- Júlio de Mesquita Filho (in memoriam)
- Fernando de Azevedo (in memoriam)
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- 23/01/2024 - Primeira bateria nuclear brasileira pode funcionar por 2 séculos sem recargaFonte: Correio de CarajásO gigantesco potencial que a energia nuclear possui não é um tema – e fato comprovado – recentes. No entanto, ao contrário de algumas décadas atrás, pesquisadores estão desmistificando o uso dessa fonte energética no que tange à segurança e melhor aproveitamento. Nesse sentido, a primeira bateria nuclear brasileira, recém desenvolvida, pode fornecer energia por mais de 200 anos. Este, certamente, pode ser o começo do fim dos carregadores que conhecemos hoje.Bateria nuclear brasileira termoelétricaUm grupo de cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) alcançaram um marco inovador ao desenvolverem a pioneira bateria nuclear brasileira. A significativa conquista baseia-se na utilização de um elemento denominado amerício-241, que, por sua natureza de decomposição, permite uma notável autonomia.A característica distintiva dessa bateria reside na sua capacidade de operar por mais de 200 anos sem a necessidade de recargas adicionais.Essa notável inovação significa que, uma vez ativada, a bateria nuclear pode oferecer um suprimento constante e duradouro de energia, representando um avanço significativo nas tecnologias energéticas desenvolvidas no país.É evidente que esse feito científico não apenas destaca o potencial do Brasil na pesquisa nuclear, mas também aponta para novas possibilidades e avanços no campo da geração de energia de forma sustentável e eficiente que pode até inspirar outros trabalhos internacionais.Desse modo, o resultado da pesquisa brasileira resultou na construção de uma bateria nuclear termoelétrica, também referida como gerador termoelétrico radioisotópico (RTG).Diferenciando-se da fissão nuclear, responsável por baterias termonucleares, esta tecnologia gera eletricidade por meio do calor, representando um método inovador e seguro de produção de energia.A abordagem termoelétrica adotada, portanto, elimina os riscos associados à fissão nuclear, destacando-se como uma alternativa promissora.Funcionamento da bateria nuclear brasileiraImagem: E. R. Paiva/IPEN-CNENQuando se fala de bateria nuclear, a fonte de energia provém do calor gerado pelo decaimento natural do radioisótopo. Nesse processo, o calor atravessa pastilhas termoelétricas geradoras de eletricidade (TEGs).Atualmente, a tensão de saída nas pastilhas termoelétricas é de 20 milivolts (mV), resultado da diferença de temperatura entre o lado quente (fonte de amerício) e o lado frio (externo). Essa tensão alimenta um circuito coletor, acumulando energia suficiente para fornecer pequenas cargas periodicamente.No entanto, devido à capacidade relativamente baixa de geração de energia no modelo atual, é necessário uma fonte com atividade mais intensa apenas para acender um simples LED.A limitação destaca a importância de avanços tecnológicos para tornar a produção de energia mais eficiente e adaptada às nossas necessidades cotidianas.Impressionantes 200 anos de duraçãoÉ aceitável que os holofotes estejam voltados para a durabilidade da bateria nuclear brasileira, já que pode permanecer em ação, sem necessidade de carga, por incríveis 200 anos, graças à meia-vida do amerício, que se estende por 432,6 anos.Contudo, como aponta Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN e coordenadora do projeto, há desafios técnicos no que diz respeito à confiabilidade das pastilhas termoelétricas, as quais necessitam operar por um período correspondente.Diante desse cenário, a cientista destaca que a primeira bateria foi desenvolvida principalmente para validar o conceito. O próximo passo consiste em criar uma versão aprimorada, com uma potência de 100 mW, visando superar as limitações técnicas e consolidar ainda mais a eficácia desse inovador sistema de geração de energia.Usos da bateria nuclearAtualmente, as baterias nucleares desempenham um papel crucial em áreas de difícil acesso, como faróis em ilhas isoladas e dispositivos enviados ao espaço, incluindo satélites e rovers da NASA, como o Curiosity e o Perseverance.Quanto à bateria nuclear brasileira, a intenção, afirma Ribeiro, é utilizá-la em dispositivos instalados em locais remotos, mas ainda não há maiores informações. -
- 23/01/2024 - Pesquisa sobre radiofármacos do programa de pós-graduação Ipen/USP recebe prêmio internacionalTrabalho premiado aborda como otimizar a produção de radiofármacos, utilizados para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear
Trabalho premiado aborda como otimizar a produção de radiofármacos, utilizados para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear
Fonte: Jornal da USP
O trabalho Circuito microfluídico aplicado à concentração de18F (Flúor-18) para produção de radiofármacos, realizado por Antonio Arleques Gomes pelo programa de pós-graduação Ipen/USP, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, conquistou o 1º lugar com a láurea Marcos Pinotti Barbosa, concedida à melhor pesquisa estudantil apresentada durante o XII Congresso Latino-Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (Colaob/2023) realizado no período de 12 a 15 de dezembro de 2023 em Mar del Plata, Argentina.
O prêmio, inédito para o programa de pós-graduação do Ipen/USP, é considerado um dos mais importantes para a comunidade científica da Sociedade Latino-Americana de Biomateriais e Órgãos Artificiais (SLABO), organizadora do evento, e presta homenagem ao professor Marcos Pinotti (1965-2016), reconhecido como um dos principais cientistas brasileiros nas áreas de Biomimética e Bioengenharia e cofundador da SLABO.
A pesquisa, escolhida entre 69 trabalhos apresentados durante o congresso, está sob a orientação do professor dr. Wagner de Rossi, gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) e co-orientada pelo farmacêutico dr. Emerson S. Bernardes, gerente do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do Ipen. Também contou com a importante participação do radioquímico dr. Arian Pérez Nario, bolsista de pós-doutorado do Ipen, e do físico dr. André Luis Lapolli, responsável pelo Serviço de Operação de Aceleradores Cíclotron do instituto.
Na prática, a pesquisa visa desenvolver um sistema microfluídico por meio de técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos para a produção de radiofármacos a partir de Flúor-18. No trabalho, foi produzido um circuito microfluídico dedicado chamado de "microcartucho de troca aniônica”, destinado ao primeiro estágio de obtenção de qualquer radiofármaco; um produto utilizado essencialmente para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear.
O processo compreende duas fases distintas. Na primeira, o Flúor-18 obtido em cíclotron fica retido no microcartucho. Na segunda, de eluição, o Flúor-18 é extraído resultando em um eluente líquido com uma concentração significativamente elevada do radionuclídeo.
Inovação
Além de inédito no Brasil, o resultado da pesquisa desenvolvida no Ipen-Cnen pode ser considerado significativo uma vez que conseguiu uma concentração do eluente com Flúor-18 de seis a dez vezes maior que a obtida por meio de outros processos convencionais na primeira etapa de produção de radiofármaco, como, por exemplo, o Fluordexogliocose (FDG).
"Ter sido premiado com o trabalho de maior importância e relevância científica em um congresso desse nível é, sem dúvida, uma grande satisfação para mim e, acredito, de grande importância para o Ipen”, destacou o doutorando Antonio Gomes, o qual enfatiza a dedicação do prêmio ao seu grupo de pesquisa e, em especial, a seu orientador pelo apoio incondicional.
O doutorando explicou ainda que os resultados apresentados, bem como o desenvolvimento da técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos, posicionam o Ipen como uma instituição de destaque na inovação tecnológica e científica nesta área do conhecimento.
Uma das principais missões do Ipen é tornar a medicina nuclear cada vez mais acessível à sociedade brasileira e o Flúor-18 tem destaque em exames que se utilizam de equipamentos de tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT).
"O próximo passo após a conclusão da pesquisa é buscar parcerias no setor produtivo para disponibilizar para a sociedade radiofármacos mais eficazes para a medicina nuclear”, finaliza Gomes.
Para o físico Wagner de Rossi, este prêmio coroa um trabalho que se iniciou há alguns anos a partir de uma sugestão do dr. Jair Mengatti, gerente da Radiofarmácia na época.
"Nós encaramos a sugestão como um desafio para produzir radiofármacos com microfluídica. O trabalho ainda não está concluído, pois o prêmio se refere apenas a uma parte já desenvolvida, mas demonstra que estamos num bom caminho para conseguir produzir radiofármacos a partir de um sistema inovador que vai trazer inúmeras vantagens para o processo”, conclui Rossi.