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- 01/07/2022 - Primeiro encontro presencial de projeto sobre fontes radioativas seladas é sediado pelo IPEN-CNENInstituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
Instituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
O IPEN-CNEN sediou, de 27 de junho a 1º de julho, a "Reunião sobre o estabelecimento e manutenção de um Inventário Nacional de Fontes Radioativas Seladas (SRS, sigla em inglês) - INT9186”. O evento reuniu presencialmente, pela primeira vez, os participantes do projeto. Estiveram presentes membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) além de representantes internacionais de mais de 30 países, das Américas, da África, da Ásia e de parte da Europa.
Com discussões sobre o armazenamento de fontes seladas e seu controle, o evento teve organização local por conta de Ítalo Henrique Alves, da Coordenação de Planejamento e Gestão (COPLG), Roberto Vicente, pesquisador do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) e Julio Takehiro Marumo, gerente do SEGRR. Foram recebidos pelo instituto os técnicos da AIEA, Vivian Pereira Campos e Walter Truppa, além dos cerca de 50 representantes internacionais. Campos, do Chile, é engenheira ambiental com pós-graduação em proteção radiológica e segurança das fontes seladas de radiação. O argentino Truppa, expert convidado da AIEA, é subgerente do Sistema de Intervenção em Emergências Radiológicas e Nucleares da Autoridade Regulatória Nuclear (ARN).
O evento consistiu na troca de informações sobre a situação do controle de fontes seladas em cada um dos países representados. As apresentações possibilitaram o intercâmbio de ideias e discussões sobre o controle regulatório dessas fontes.
Com a troca de experiências, a expectativa é de que todos os países sejam favorecidos a partir do conhecimento compartilhado de práticas, sistemas e marcos regulatórios. Os técnicos da AIEA avaliam que é de grande importância o compartilhamento das experiências entre os países para que as metodologias apresentadas possam ser replicadas.
"O encontro foi muito importante para conhecer a realidade dos outros países e também tomar como exemplo o que fazem, para poder ser implementado”, disseram Truppa e Campos.
Iniciado na segunda-feira, com abertura oficial de Wilson Calvo, superintendente do IPEN-CNEN, o evento também contou com outros atrativos. Houve uma apresentação sobre o RAIS - Sistema para Controle Regulatório que inclui os processos para controle de fontes seladas disponibilizado pela AIEA aos países membros -, além de discussões sobre os melhores caminhos para o controle destas fontes e uma apresentação do acervo de fontes seladas e da radiofarmácia do IPEN-CNEN.
No decorrer da semana, a busca foi por fornecer modelos e caminhos para a gestão de fontes seladas nos diferentes países visando mapear as diferenças e semelhanças entre os modelos e seguir aqueles utilizados pelos países mais desenvolvidos nesse aspecto. Segundo Alves, os principais países que podem servir de espelho para os demais são os que já usam sistemas informatizados próprios ou o RAIS – que atualmente está em sua versão RAIS+.
Na avaliação dos organizadores do evento, os objetivos deste encontro foram atendidos e a perspectiva é que haja ganhos para todos os países a partir das experiências trocadas.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 20/06/2022 - IPEN sedia primeira Escola Brasileira de Segurança Física Nuclear com chancela da AIEAForam selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Foram selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Pela primeira vez, acontece, no país, e em língua portuguesa, a Escola Nacional Brasileira de Segurança Física Nuclear (ENBSFN), desenvolvida pelo programa "International Nuclear Security Education Network" (INSEN) da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, da sigla em inglês). Destinado a jovens profissionais, o evento teve início nesta segunda-feira, 20, no auditório "Prof. Rômulo Ribeiro Pieroni", no bloco A do IPEN/CNEN, na Cidade Universitária.
A coordenação local da ENBSFN está a cargo dos pesquisadores Jorge Eduardo de Souza Sarkis, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), e de Delvonei Alves de Andrade, do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG). Apesar de prioritariamente destinado a quem está em início de carreira, o curso também abrange amplo espectro de pessoas envolvidas na área nuclear, como alunos, profissionais da área e jovens profissionais militares.
Foram selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Na abertura do evento, Andrade deu as boas-vindas aos participantes e na sequência apresentou os demais componentes da mesa. Ricardo Fraga Gutterres, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Antônio Teixeira, pesquisador do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN/CNEN, e Oum Hakam, diretora científica da IAEA, por parte do INSEN.
Em seguida, foram exibidos três vídeos com mensagens do presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD/CNEN), Madison Almeida, e da diretora substituta do IPEN/CNEN, Isolda Costa. Almeida também deus as boas-vindas e comentou que "a iniciativa traz protagonismo ao IPEN”.
O titular da DPD lembrou que todos os as unidades técnico-científicas da CNEN são partícipes em atividades de segurança física e nuclear e também de segurança radiológica. "E segurança física nuclear é um campo muito rico para várias orientações e trabalhos acadêmicos de forma que todas as iniciativas na área são muito bem-vindas”, completou.
Costa saudou a todos em nome do IPEN/CNEN e ressaltou "o interesse da instituição em celebrar a cooperação que envolva projetos e parcerias, sejam nacionais ou internacionais, e o grande potencial que temos para concretizar esstas colaborações”. "Temos as portas abertas e estamos dispostos a estimular e apoiar todos os tipos de colaboração, sejam científica, tecnológica ou regulatória”, finalizou.
Na sequência, Andrade passou a palavra a Sarkis, que deu um panorama geral do programa. Segundo ele, os objetivos do curso são apresentar aos alunos a segurança física nuclear como uma questão cultural. "Tão importante quanto você ter um núcleo técnico, objetivo, de infraestrutura, é ter a chamada cultura de segurança nuclear. Ou seja, não adianta ter uma ferramenta se você não sabe usá-la. Então, não adianta eu fornecer segurança se nós não tivermos uma cultura nuclear”, disse Sarkis.
Segundo ele, é o que a escola veio oferecer: a questão técnica muito forte, "mas também como traduzir essa questão técnica numa questão cultural”, afirmou. Ainda de acordo com Sarkis, há 54 módulos dentro do curso, os quais abordarão importantes aspectos da segurança nuclear. "O objetivo é não aprofundarmos muito, mas que os participantes conheçam todo o leque”, explica. Encerrando a abertura, Hakam fez uma breve apresentação da IAEA.
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- 20/06/2022 - Pioneira na produção de radiofarmácos no Brasil, Constância Pagano ganha homenagem no IPENPlaca com nome da pesquisadora foi descerrada no Centro de Radiofarmácia do Instituto. cerimônia contou com a presença do titular da DPD/CNEN, Madison Almeida.
Placa com nome da pesquisadora foi descerrada no Centro de Radiofarmácia do Instituto. cerimônia contou com a presença do titular da DPD/CNEN, Madison Almeida.
Ousadia e determinação. Palavras que marcaram a trajetória profissional da pesquisadora Constância Pagano Gonçalves da Silva, pioneira no desenvolvimento de radiofármacos no IPEN/CNEN com importante contribuição para a medicina nuclear no Brasil. Foi ela quem, na década de 60, atuou de forma decisiva na produção de Iodo-131. Na quarta-feira, 15, às 11h30, a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN prestou-lhe homenagem, descerrando placa com seu nome no Centro de Radiofarmácia (CECRF) do Instituto.
A cerimônia contou com a presença da homenageada, do titular da DPD, Madison Almeida, da diretora substituta do IPEN/CNEN, Isolda Costa, do filho de Constância, Sergio Pagano Gonçalves da Silva, do gerente do CECRF, Emerson Soares Bernardes, e da pesquisadora Maria Elisa Rostelato, além de outros pesquisadores e técnicos do Instituto que tiveram a oportunidade de trabalhar com a homenageada. Profissionalismo, rigor, ética foram alguns dos adjetivos apontados pelos presentes, em seus depoimentos.
Almeida começou apresentando Constância e falando da satisfação em recebê-la no IPEN/CNEN. "Para nós, realmente é um momento muito rico. Vamos inaugurar esta placa onde está realmente registrada a importância da Dra. Constância. Ela representa, para o IPEN/CNEN, mais de 60 anos de produção de radiofármacos, sendo a pioneira no País. Acadêmica na década de 1950, nos anos 60 começou a fazer todas as entregas científicas que resultaram no protagonismo do IPEN/CNEN. Por conta disso, tem o Brasil hoje uma medicina nuclear tão extensa”, afirmou.
Pesquisadora emérita do IPEN/CNEN, Constância foi fundamental no desenvolvimento da radiofarmácia nacional e soma contribuições a partir de seus conhecimentos e experiências obtidas ainda na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "Comecei no centro de medicina nuclear da Faculdade de medicina, onde importavam radioisótopos. Chegou o momento em que falei: – temos um reator nuclear em São Paulo, então, por que não vamos fazer os radioisótopos lá?”, costumava declarar Constância.
A pesquisadora seguiu questionando o porquê de se importar radioisótopos se o IPEN já tinha um reator nuclear de pesquisas capaz de produzir radiofármacos. Obstinada, foi para a França, onde fez estágio a fim de aprender os caminhos para concretizar seu objetivo. Na sua volta, produziu o Iodo-131 no Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1. De acordo com Sérgio Pagano, Constância sempre foi muito exigente. "Disso eu sei, porque sou o filho único dela”, brincou, acrescentando que frequentou o Instituto desde quando tinha apenas um ano de idade.
Para ele, a mãe é um "padrão de referência”. "Ela trabalhou no IPEN de 1958 até 1995 e depois ainda voltou em 1997, 1998, ficando até 2012. Até esse ano lembro dela vindo aqui todos os dias. E é engraçado que quando a gente fala do IPEN ela muda. É muito bom ver a forma como até hoje as pessoas lembram dela. Não só na placa, mas a presença vai estar sempre aqui. Então, eu gostaria de agradecer por tudo o que vocês fizeram e estão fazendo por ela. Muito obrigado”.
Isolda Costa destacou o papel feminino de liderança exercido por Constância, em uma época de predominância masculina. "Pesquisadora, mulher, pioneira, incentivadora, que soube honrar a confiança que o ex-superintendente, na época, o Dr. [Romulo Ribeiro] Pieroni, e o IPEN depositaram nela – incentivando-a a estagiar na França –, ao voltar e criar e estruturar toda a área da Radiofarmácia no Instituto”, afirmou a diretora substituta.
A pesquisadora Maria Elisa Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), falou de sua relação acadêmica com Constância Pagano e destacou seu papel como orientadora. Ela fez seu mestrado e doutorado estudando fontes radioativas para braquiterapia voltadas ao tratamento de diferentes tipos de câncer e comentou sobre a influência de Constância na formação de novos pesquisadores. "As pessoas ressaltam muito a pesquisadora e a gestora que a Dra. Constância foi, mas é importante também falar de seu papel na orientação de mestrandos e doutorandos”.
De acordo com Rostelato, Constância era "fantástica”, "rigorosa”. "E era também incentivadora, isso que deu certo. Com ela aprendi a levar muito a sério a responsabilidade da saúde das pessoas”.
Emerson Bernardes comentou que Constância "foi uma pessoa que estabeleceu um padrão de exigência que continua até hoje, no Centro de Radiofarmácia”. "Foi justamente o profissionalismo e a excelência estabelecidos o que mais me marcou. Não cheguei a trabalhar com ela, mas isso é o que posso dizer, diante de tudo o que ouvi”, acrescentou.
Na sequência, todos os presentes se dirigiram ao local do descerramento da placa, com Almeida, Isolda, Constância e seu filho removendo a capa. "Doutora Constância, aqui ficará seu nome gravado para sempre”, concluiu o titular da DPD/CNEN.
Sobre a homenageada
Constância Pagano Gonçalves da Silva bacharelou-se em química, em 1951, e licenciou-se na área em 1965. Pela Escola Politécnica da USP, concluiu seu mestrado em Tecnologia Nuclear (1970) e, no instituto de Química (IQ-USP), defendeu seu doutorado em química inorgânica (1974). Iniciou sua carreira na Divisão de Radioquímica do então Instituto de Energia Nuclear - IEA/USP, atual IPEN, no prédio do Reator IEA-R1. Logo em seus trabalhos iniciais, obteve destaque com a produção de Iodo-131, a partir da técnica de destilação úmida, utilizando-se o Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 – operante no Instituto desde 1957. O radioisótopo Iodo-131 era usado para estudos da tireoide. Nos anos seguintes, Constância geriu a condução das pesquisas e a construção de um complexo de prédios, inaugurado em 1974, para produzir radiofármacos rotineiramente. Nascia a primeira radiofarmácia pública do Brasil.
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- 30/05/2022 - Alunos da Escola Superior de Bombeiros visitam o IPENO IPEN recebeu no dia 30 de maio 27 integrantes do Curso de Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos, da Escola Superior de Bombeiros. Os visitantes assistiram uma palestra proferida pelo Sr. Eduardo Gerulis, do Serviço de Radioproteção do IPEN, e a seguir visitaram as instalações do Reator IEA-R1. -
- 29/04/2022 - 'Biotério Nanci do Nascimento': emoção e boas histórias marcam a homenagem à pesquisadoraReconhecida pelo seu trabalho na revitalização do Biotério e adorada por seu espírito festeiro e agregador, Nanci do Nascimento é lembrada com carinho pelos amigos
Reconhecida pelo seu trabalho na revitalização do Biotério e adorada por seu espírito festeiro e agregador, Nanci do Nascimento é lembrada com carinho pelos amigos
Depoimentos emocionados marcaram a homenagem do IPEN à pesquisadora Nanci do Nascimento dando seu nome ao Biotério, vinculado ao Centro de Biotecnologia (CEBIO) do Instituto. Biomédica e pesquisadora do Instituto desde 1995, Nanci faleceu em março de 2017. Seu espírito divertido e agregador, e sua generosidade, foram destacados por todos os colegas presentes na solenidade de descerramento da placa, que ocorreu nesta quinta-feira, 28.
"Nanci tinha um coração enorme. Era muito sempre muito solícita quando os alunos a procuravam pedindo orientação. Exemplo de profissional competente e muito dedicada às pesquisas e, particularmente, ao Biotério. Foi ela quem mais trabalhou para a revitalização do Biotério. Nada mais justo do que batizá-lo com seu nome. Todos reconhecem o mérito dessa homenagem”, comentou Carlos Roberto Soares, atual gerente do CEBIO.
Soares lembra de quando assumiu pela primeira vez a gerência do Centro e Nanci tocava o Biotério, o que era uma "preocupação a menos”. "Ela resolvia todos os problemas, não sobrava nada. Nanci tinha uma habilidade incrível de lidar com pessoas e buscar soluções. Sempre me ajudava com sua experiência como gerente. Faz cinco anos que ela morreu e parece que foi ontem. Foi uma perda grande para o IPEN, Nanci faz muita falta. Precisamos de cinco para substitui-la”.
Wilson Calvo, superintendente do IPEN, mencionou a boa relação que Nanci tinha com seus orientandos e destacou seu caráter afetuoso. "Nanci abraçava todo mundo. Os alunos iam junto com ela para os congressos, ela fazia questão que todos se apresentassem. Importante ressaltar a sua contribuição para a democratização das pesquisas na área de efeitos biológicos da radiação orientando alunos de todo o país, além de ter sido muito atuante na Sociedade Brasileira de Ciências Nucleares”.
Calvo lembrou que Nanci já havia sido homenageada por ocasião do aniversário do IPEN, em 2021, e parabenizou os membros do CTA – Conselho Técnico Administrativo, presentes na solenidade, pela decisão de dar seu nome ao Biotério, divulgando e eternizando o reconhecimento ao seu legado, deixando uma "marca, um registro, para as próximas gerações: o Biotério Nanci do Nascimento”.
Festeira
"Eu só tenho a agradecer por ter convivido 30 anos com a Nanci. Era uma festa. Quem conviveu com ela, sabe que era uma festa. Todos trabalhavam, não havia dificuldade, tudo era resolvido. O seu jeito de tocar o mundo era muito promissor. Nunca me esqueço de uma noite em que uma pessoa de um congresso ligou para mim e para a Nanci dizendo que não conseguiria realizar o evento. Ela disse: – Deixa comigo, que na próxima semana eu digo onde será. E o congresso foi aqui, no IPEN, maravilhoso”, comentou o médico Heitor Franco de Andrade Júnior, marido de Nanci.
Professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), Andrade agradeceu pelo reconhecimento do IPEN e comentou que todos os que conviveram com Nanci devem agradecer pela parceira que ela sempre foi. "E eu agradeço por vocês lembrarem dela, em nome da família. Mas ela sempre será lembrada porque era intensa demais. Sejam felizes”, concluiu.
Isolda Costa, diretora substituta do IPEN, salientou a participação de Nanci em comitês na área de ensino da instituição. "Além de tudo o que ela fazia, ainda participava de comitês, fossem eles de iniciação científica, de seleção de bolsas de mestrado e outros, e foi essa a minha convivência com ela. Reforçando as palavras do Heitor, eram dias muito agradáveis. Era um trabalho que fazíamos com prazer, pela presença da Nanci, ela contagiava com seu bom humor”.
Por fim, Fernando Moreira, gerente do Escritório de Gestão de Projetos, prestou homenagem destacando a "Nanci professora”. "Quando a gente saía para os eventos acadêmicos, a Nanci chegava, e era uma festa. Festa mesmo. Chegou a ter uma festa à fantasia, com ela presente. Os alunos adoravam a Nanci, e ela, muito sabiamente, como era a primeira a dar aula, já escolhia previamente os melhores para seus orientandos. E eles certamente estão orgulhosos de ela receber essa homenagem”, contou.
Segundo Moreira, havia um grupo de WhatsApp que se chamava Nanci’s children, "porque ela os tratava realmente como se fossem filhos dela, e todos queriam ser seus alunos. Nanci animava até velório, sempre com aquele bom humor que contagiava todo mundo. É um orgulho para o IPEN ter tido a Nanci, e é um orgulho para mim, pessoalmente, ter tido sua amizade”.
Do Borá para São Paulo
A morte de Nanci saiu no Jornal Folha de São Paulo, em coluna assinada por Paulo Gomes. Nascida e criada na Penha, bairro da zona leste de São Paulo, Nanci partiu nova, com 56 anos. Seus pais vieram do Borá, pequeno distrito rural na região de São José do Rio Preto (SP), e era lá para onde ia com frequência, segundo depoimento de Heitor para o jornalista. "Ia pra Rio Preto umas dez vezes por ano”. Numa das mais célebres, a dos "200 anos", comemorou os 50 anos e contratou até passistas de uma escola de samba para uma festa com 400 convidados.
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- 09/03/2022 - Diretora do Idaho Laboratory visita IPEN para discutir pesquisas em colaboração na área nuclearMarianne Walck afirmou que o investimento na área nuclear, nos EUA, é o mais alto nos últimos 20 anos.
Marianne Walck afirmou que o investimento na área nuclear, nos EUA, é o mais alto nos últimos 20 anos.
O IPEN/CNEN recebeu nesta terça-feira, 8, a visita de Marianne Walck, diretora adjunta do Laboratório de Ciência e Tecnologia do Idaho National Laboratory – INL (Idaho Falls, EUA), em mais uma iniciativa do Programa de Internacionalização do Instituto, gerenciado por Niklaus Wetter. Walck foi recepcionada pelo titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, e pela diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, além de Wetter.
O INL é vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, da sigla em inglês), gerenciado pela Battelle Energy Alliance (BEA). Em janeiro de 2021, IPEN e Battelle assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, do inglês Memorandum of Understanding), que mais ampla colaboração acadêmica do IPEN/CNEN, delineando políticas para o intercâmbio de pesquisadores, tecnologistas, pós-graduandos e, pela primeira vez, de pessoal administrativo.
Almeida comentou brevemente sobre a estrutura do IPEN e ressaltou a importância da cooperação com o sistema BEA, salientando o "papel preponderante da Dra Isolda, como coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, e Dr Niklaus, como Internacionalização do IPEN”. O titular da DPD destacou ainda o "valor integrativo” dos projetos, como, por exemplo, o "Cybersecurity", aderente à proposta do Estado Brasileiro em cibersegurança.
Em sua apresentação do INL, Walck explicou que o Laboratório tem dedicado muita atenção a pesquisas de micro reatores, os chamados SMR, do inglês Small Module Reactor. Segundo ela, o financiamento para todos laboratórios nacionais dos Estados Unidos, geridos pela Battelle Alliance, são oriundos do próprio DoE, o que agiliza a liberação dos recursos.
Uma das empresas parceiras do INL é a TerraPower, que pretende instalar uma usina nuclear experimental na cidade de Kemmerer, no estado de Wyoming (oeste dos EUA). Fundada por Bill Gates, a empresa tem como objetivo gerar energia limpa e renovável e, para isso, estuda a aplicação de uma nova tecnologia de reator nuclear mais eficiente e seguro.
Walck também falou sobre a ideia de remanejar trabalhadores de usinas movidas a carvão para trabalhar nos reatores SMR. "Assim, resolvemos dois problemas, o emprego dessas pessoas e a questão ambiental”, disse. Cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares foram destinados às pesquisas. "Nunca vi tanto financiamento para a área nuclear nos últimos 20 anos, nos Estados Unidos”, acrescentou a diretora do INL.
Em relação à parceria com o IPEN, já houve um primeiro encontro técnico em março de 2021 – o 1st Technical Meeting Battelle – IPEN/CNEN, na modalidade virtual, para apresentação entre pesquisadores que possam atuar em colaboração nas áreas científicas de interesse comum. Em maio, o Instituto receberá um pesquisador do INL para trabalhar com radiografia de nêutrons, segundo comentou Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq).
Na sequência, o pesquisador Rafael Garcia, do Centro do Combustível Nuclear (CECON), mencionou as pesquisas desenvolvidas no Instituto e no próprio CECON, além de apresentar uma proposta de estudo na área de caracterização de combustíveis após a irradiação, uma das linhas de atuação do INL.
De acordo com Garcia, essa linha de pesquisa está prevista para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e não há mão de obra com essa formação no Brasil. "Por isso, uma colaboração com o INL é fundamental, para a formação de pesquisadores nessa área”, comentou.
Também presente, o pesquisador Jesualdo Rossi, do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM), mencionou colaboração em pesquisas sobre danos em materiais provocados por radiação. Isolda Costa destacou a necessidade de se buscar colaboração em áreas em que o IPEN já atua com excelência e não estão contempladas pelo INL, o que facilitaria na busca por recursos financeiros.
O pesquisador Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) e presidente da Comissão de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, levantou questões sobre possíveis intercâmbios de alunos de pós-graduação.
Também participaram da reunião com Walcke a diretora de Administração e Infraestrutura, Katia Iunes, e o diretor substituto de Segurança Nuclear, Radiológica e Física, Demerval Rodrigues. Após as apresentações, Walck fez uma visita ao Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1.
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- 15/12/2021 - Gestão do RMB promove plantio de árvores na área e visita ao Centro de InformaçõesPesquisadores, engenheiros e demais representantes de instituições parceiras participaram de evento onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no dia 15/12
Pesquisadores, engenheiros e demais representantes de instituições parceiras participaram de evento onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no dia 15/12
O plantio de árvores nativas e uma visita ao Centro de Informações Espaço Dr. Afonso Rodrigues de Aquino marcaram evento organizado pelo coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta.
Aproximadamente 150 pesquisadores, engenheiros e técnicos do IPEN-CNEN, do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e da Amazul se deslocaram em caravana de São Paulo a Iperó, a cerca de 110km da capital paulista, na manhã de 15 de dezembro, para participar do plantio de árvores nativas e de uma visita às instalações do futuro Centro de Informações sobre o RMB.
O espaço, com exposição permanente sobre o histórico do empreendimento, informações técnicas sobre o RMB e suas aplicações científicas e sociais, recebe o nome do químico Afonso Rodrigues de Aquino, pesquisador colaborador do Instituto e docente do curso de Pós-Graduação do IPEN-USP. Aquino, que faleceu em 12 de julho de 2021, participou ativamente das atividades de divulgação do RMB, em audiências públicas, na concepção do novo espaço para visitantes e na produção de material informativo sobre o empreendimento.
Emocionado, Perrotta relembrou as ações de Aquino, que também exerceu a coordenação da área de Comunicação do IPEN-CNEN até 2016. O Espaço para visitantes dedica algumas salas a informações sobre a produção de radiofármacos no Brasil e seus usos em Medicina Nuclear para o diagnóstico e terapia. Perrotta também agradeceu diversos parceiros do empreendimento, dentre eles, a Fundação Pátria.
O RMB tem como um de seus objetivos tornar o País autossuficiente na produção de matéria prima para radiofármacos gerados em reatores. Há também salas que exibem infográficos sobre as instalações do RMB, seu funcionamento e demais aplicações. O Centro pretende ser um espaço de divulgação científica e de informações sobre o RMB.
O plantio de árvores ocorreu a cerca de um quilômetro do Centro de Informações e o local receberá o nome de "Bosque dos Pioneiros”, uma homenagem aos profissionais que vêm se dedicando ao projeto desde seu início, em 2008. Cada árvore nativa plantada, jequitibás, paus ferro, ipês, paineiras entre outras espécies, poderá ter seu desenvolvimento acompanhado pelos participantes do evento.
A gerente do Centro do Combustível Nuclear (CECON) Elita Fontenele Urano de Carvalho participa do projeto do RMB desde o início e comenta que a ação fortalece as iniciativas de preservação do meio ambiente. "O RMB organizando uma teia de plantio de árvores nativas soma forças para preservar o meio ambiente", conclui. -
- 08/12/2021 - IPEN-CNEN realizou o III Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeO primeiro evento presencial do IPEN-CNEN contou com o encontro dos alunos das turmas 1 e 2 do curso e teve palestra e apresentação de pôsteres
O primeiro evento presencial do IPEN-CNEN contou com o encontro dos alunos das turmas 1 e 2 do curso e teve palestra e apresentação de pôsteres
A terceira edição do Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde realizou-se na tarde de 8 de dezembro de 2021, no saguão do Centro de Ensino do IPEN. O evento contou em sua cerimônia de abertura com a participação do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Madison Coelho de Almeida, o superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo e da diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN-CNEN, Isolda Costa.
A condução do evento foi realizada pela coordenadora do Curso de Mestrado Profissional e pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do Instituto Denise Zezell. Em seguida, o professor Roberto Sakuraba, coordenador da FM Radioterapia, Centro de Oncologia e Hematologia Família Dayan – Daycoval – SIBIBAE Hospital Albert Einstein, proferiu a palestra "Estado da Arte da Radioterapia na Medicina Nuclear”. Sakuraba é aluno egresso do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN-USP.
Os trabalhos dos alunos das Turmas 1 e 2 do Mestrado Profissional foram apresentados na forma de pôster no saguão do prédio de Ensino avaliados por uma comissão de professores. Ao final, foram anunciados os vencedores.
Henrique Viccari Cabete, orientado pelo Prof. Dr. Renato Semmler e co-orientado pelo Prof. Dr. Orlando Rodrigues Junior, obteve o primeiro lugar com o pôster "Avaliação da razão contraste-ruído em mamógrafos”. A segunda colocação foi para Gabriela Scalco Munro, orientada pelo Prof. Dr. Orlando Rodrigues Junior com o pôster "Manual de boas práticas em cultura de segurança nos serviços de radioterapia no Brasil”. O pôster intitulado "Análise de acerto de tratamento para pacientes com diagnóstico de câncer de próstata em primeira recidiva bioquímica submetido ao (68Ga) PSMA-PET-CT”, apresentado por Márcia Maria Diniz Pontes Paiva, orientada pela Dra. Lorena Pozzo, ficou com a terceira colocação.
Visitas aos Centros de Pesquisa
Antecedendo o Workshop, durante a manhã, as duas turmas tiveram a oportunidade de visitarem as instalações dos Centros do Reator de Pesquisa (CERPQ) e de Radiofarmácia (CECRF).
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- 16/08/2021 - Novo protocolo para radioterapia é apresentado na primeira defesa do Mestrado Profissional do IPEN/CNENFísico Rodrigo Rodrigues Hattori foi o primeiro mestre formado pelo Programa em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde. Defesa ocorreu na sexta-feira, 13, em sessão virtual.
Físico Rodrigo Rodrigues Hattori foi o primeiro mestre formado pelo Programa em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde. Defesa ocorreu na sexta-feira, 13, em sessão virtual.
Uma história iniciada há cinco anos com a aprovação, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS) do IPEN/CNEN entra em nova fase com a defesa das primeiras dissertações por alunos da turma pioneira, que ingressou em 2019.
O físico Rodrigo Rodrigues Hattori, especialista em Física da Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) e com atuação em hospitais de clínicas do Estado de S. Paulo, defendeu sua dissertação intitulada "Estudos das variações das estruturas de Cabeça e Pescoço no tratamento de Radioterapia”, sob a orientação do físico Hélio Yoriyaz, pesquisador do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG).
Abrindo a sessão solene de defesa, realizada de forma virtual, a coordenadora do Programa, a física Denise Zezell, também pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN/CNEN, comentou sobre o processo de criação do MPTRCS e agradeceu o esforço e apoio de vários setores do Instituto, alunos e docentes o êxito do curso que iniciou em agosto sua terceira turma.
Zezell explicou que o Mestrado Profissional difere do Acadêmico, sobretudo após as últimas orientações da CAPES. O aluno de programas profissionais deve contribuir, por meio de sua pesquisa, com o desenvolvimento de soluções para questões diretamente voltadas à sua atividade profissional. "É um passo além de um mestrado acadêmico. Hattori desenvolveu um protocolo que contribui para o tratamento de pacientes com câncer”, ressaltou.
A coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN/CNEN, Isolda Costa destacou, na abertura da solenidade, o momento histórico para o Programa. "Parabenizo a todos, na figura da Dra. Denise Zezell, pela atuação na construção, proposta, submissão, aprovação e coordenação do Curso de Mestrado Profissional”, comentou.
Costa agradeceu também ao professor Helio Yoriyaz, por ter orientado o trabalho de Hattori com eficiência. Ressaltou que Yoriyaz teve grande parte de sua carreira acadêmica desenvolvida com o mestrado e doutorado pelo Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN-USP. Costa considera que "a orientação é uma prova da alta qualidade da formação de recursos humanos da pós-graduação do IPEN/CNEN” e destacou a excelência técnica e a relevância social dos Programas de Pós-Graduação do Instituto.
Novo protocolo para radioterapia
Na sequência, a defesa propriamente dita. Hattori iniciou sua apresentação comentando sobre as formas de tratamento do câncer e especificando sua área de estudo na radioterapia e suas especificidades. Na maioria dos protocolos para câncer de cabeça e pescoço, é realizada, no início do tratamento, uma tomografia que orienta o planejamento das fases subsequentes do processo. Entretanto, o paciente continua o tratamento com a mesma aquisição de imagem, sem levar em consideração as suas alterações físicas durante o processo terapêutico.
A sugestão do estudo de Hattori é acrescentar um novo protocolo com a aquisição de outra imagem ao final da primeira fase, ou seja, antes de iniciar a segunda, a fim de se obter um novo planejamento, considerando as alterações encontradas. Assim, eventuais ocorrências são observadas, analisadas e podem orientar melhor a etapa seguinte da radioterapia.
Na primeira tomografia, será feito o planejamento para ambas as fases. Entretanto, a segunda fase planejada com aquele exame inicial não será aplicada no paciente, servirá apenas para efeitos de comparação com o planejamento na segunda tomografia. A repetição das imagens de CT e o replanejamento da segunda fase na radioterapia ajudam a garantir doses adequadas para volumes alvo e doses seguras para estruturas normais para pacientes que identificaram clinicamente alterações anatômicas durante o curso do tratamento.
As principais conclusões desta investigação estão relacionadas às mudanças dosimétricas que foram observadas sem o replanejamento da segunda fase.
A banca foi formada pelos professores Carla Daruich de Souza, do IPEN/CNEN e atualmente no Instituto de Energia Nuclear da Coreia (KAERI), e Joel Mesa Hormaza, do Departamento de Física e Biofísica do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Botucatu, SP.
Após a apresentação, os membros da banca iniciaram a arguição, com suas considerações e diversas sugestões para o aprimoramento do estudo. Seguiu-se uma reunião virtual em sala reservada entre os membros da banca e o anúncio, feito pelo orientador, Yoriyaz, da aprovação do candidato.
O novo mestre agradeceu emocionado a todos. Tendo uma intensa atividade de trabalho em diversas clínicas, Hattori muitas vezes enviava mensagens durante a madrugada para seu orientador e, surpreso, logo pela manhã, já recebia uma resposta. "Me sentia acolhido, tendo alguém ao lado dando suporte quase 24 horas por dia”. Agradeceu também pelas sugestões apresentadas que serão incorporadas na versão final de sua dissertação.
A próxima dissertação do MPTRCS já está agendada e acontecerá em 17 de agosto, terça-feria, às 10h, de forma on-line, com a aluna Ana Paula Soares da Silva orientada pelo farmacêutico e bioquímico José Roberto Rogero, doutor pela USP e que atuou como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN/CNEN. O título da dissertação é " Desenvolvimento de cartilha para o uso dos equipamentos móveis de Raios X em Unidades de Terapia Intensiva”.
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- 13/08/2021 - Representantes do GSI visitam o IPEN-CNENA visita realizada em 13 de agosto permitiu aos representantes do GSI conhecerem atividades do IPEN-CNEN nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviço para de saúde, indústria, preservação do patrimônio histórico e cultural e o empreendimento do Reator Multirpropósito Brasileiro (RMB)
A visita realizada em 13 de agosto permitiu aos representantes do GSI conhecerem atividades do IPEN-CNEN nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviço para de saúde, indústria, preservação do patrimônio histórico e cultural e o empreendimento do Reator Multirpropósito Brasileiro (RMB)
O Contra-Almirante Carlos André Coronha Macedo, secretário de Coordenação de Sistemas e o Capitão de Mar e Guerra Alexandre Itiro Villela Assano, diretor do Departamento de Coordenação do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, ambos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, visitaram o IPEN-CNEN em 13 de agosto, sexta-feira.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Madison Coelho de Almeida acompanhou a visita que se iniciou no Espaço Cultural Marcello Damy. No local, os visitantes foram recepcionados pelo diretor do IPEN-CNEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, coordenadores e gerentes de centros de pesquisa do Instituto.
Após acompanharem o circuito da exposição "O IPEN e sua História”, os representantes do GSI assistiram apresentações sobre a CNEN e o empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), proferidas, respectivamente, pelo diretor da DPD, Almeida e pelo coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta.
A visita às instalações do IPEN-CNEN destacaram três centros de pesquisa: o Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ), de Radiofarmácia (CECRF) e de Tecnologia das Radiações (CETER). Em cada local, a comitiva foi acompanhada pelos respectivos gerentes que ofereceram informações sobre as atividades desenvolvidas em pesquisa, serviços e inovação.
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- 20/07/2021 - Em programação oficial no Brasil, diretor-geral da AIEA visita MCTI e unidades da CNENVISITA DIRETOR-GERAL AIEA
VISITA DIRETOR-GERAL AIEA
Fonte: CNEN
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), embaixador Rafael Mariano Grossi, esteve em missão oficial no Brasil entre os dias 14 e 21 de julho. O programa incluiu reunião com o ministro da Ciência Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, além de visita a três unidades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN): a sede, no Rio de Janeiro, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).
A programação iniciou no dia 15, quando, junto com sua comitiva, o diretor-geral da AIEA conheceu alguns dos projetos em desenvolvimento pelo CRCN-NE, como a robô Aurora (de combate à Covid-19) e a produção de radiofármacos, que atende a Região Nordeste do Brasil. No encontro, foi mencionada a importância de parcerias entre o CRCN-NE/CNEN e a AIEA por meio dos projetos Arcal (Acordo Regional de Cooperação para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e Caribe).
Grossi foi o primeiro mandatário da Agência a estar presente nas instalações do CRCN-NE. Ao descerrar uma placa alusiva à visita histórica ao Centro destacou: "O envolvimento do CRCN-NE/CNEN é muito importante na promoção de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento. Trabalharemos para aumentar a cooperação entre o Centro Regional e a AIEA”. Para o diretor do Centro, Carlos Alberto Brayner de Oliveira Lira, a parceria com a Agência é de suma importância para o Brasil e deve ser ampliada. "O CRCN-NE/AIEA agradece a cooperação da AIEA e coloca todo o seu potencial em pesquisa, desenvolvimento e inovação a serviço dessa cooperação com a finalidade de promover o uso seguro e pacífico da energia nuclear”.
Ainda em Recife, Grossi e sua comitiva participaram da soltura de mosquitos estéreis. Trata-se de aplicação da radiação ionizante para esterilização destes insetos com vistas à diminuição de sua população. O projeto foi desenvolvido pela empresa Moscamed e conta com apoio da CNEN através de sua unidade em Recife, o CRCN-NE/CNEN.
Visita ao IPEN
Rafael Grossi esteve em visita ao IPEN na manhã do sábado, 17/7/2021. Após breve recepção, o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, fez uma apresentação sobre a estrutura do setor nuclear brasileiro, a CNEN e suas unidades técnico-científicas, os principais projetos desenvolvidos pela instituição, as atividades regulatórias, a futura autoridade de segurança nuclear, além dos mecanismos de cooperação técnica com a AIEA.
A visita teve continuidade percorrendo o Espaço Cultural Marcello Damy, descerrando uma placa alusiva à visita e posterior apresentação da unidade móvel com acelerador de elétrons e um tour pelas alamedas do IPEN e seus centros de pesquisa.
Pertusi, o diretor de pesquisa e desenvolvimento, Madison Almeida, e o diretor do IPEN, Wilson Calvo, também apresentaram os principais projetos estratégicos na área nuclear, com destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Grossi ressaltou a importância histórica da participação dos pesquisadores do IPEN/CNEN em projetos desenvolvidos com a AIEA e ressaltou que o Instituto "é um exemplo de excelência em congregar capacidade em pesquisa, ensino e inovação com o compromisso de serviço à sociedade”.
No mesmo dia, a comitiva foi ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó, que tem o desenvolvimento de tecnologias nucleares como uma de suas principais linhas de atuação. Ele visitou as instalações do Centro Industrial Nuclear de Aramar e sobrevoou o local do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Visita à Sede da CNEN
No Rio de Janeiro, Grossi e comitiva participaram, no dia 19 de julho, das atividades comemorativas aos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais (ABACC). Na tarde deste dia, estiveram na sede da CNEN. No Salão Nobre foi realizada uma reunião com o presidente, diretores e assessores, na qual o Grossi destacou a parceria privilegiada da AIEA com a CNEN e o especial apoio da Agência nos projetos futuros e de separação das atuais funções da Autarquia. O diretor de radioproteção e segurança, Ricardo Gutterres, destacou a complexidade e dimensão da ação regulatória que vem sendo executada pela CNEN, destacando os desafios frente às inúmeras instalações ativas e à franca expansão do setor nuclear brasileiro.
Na ocasião, o diretor-geral da AIEA gravou uma mensagem lembrando pontos de destaque desta sua primeira visita oficial no cargo, durante a qual teve oportunidade de conhecer melhor as abrangentes e diversificadas atividades da CNEN. Também falou do futuro, pois para ele esse é "o começo de uma era de cooperação renovada e dinamizada”. Para Grossi, juntos – a Agência, o Brasil, a CNEN e todas as instituições do complexo nuclear brasileiro – "poderão enfrentar todos os desafios ligados ao clima, a pandemia e a transição energética e, em tudo isso, a CNEN tem um papel central”.
Após esse momento, o presidente Pertusi presenteou o diretor-geral Grossi com uma placa agradecendo a visita e, junto com coordenadores gerais da sede e assessores, também foi descerrada uma placa ao lado da galeria dos ex-presidentes da instituição.
Visita a outras importantes instalações
Rafael Grossi esteve ainda em outras importantes instalações nucleares do Brasil: visitou a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Resende (RJ); a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e o canteiro de obras de Angra 3. Foi ainda ao estaleiro em Itaguaí (RJ) onde está sendo construído o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, na Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares(ABDAN).
No dia 20, a programação incluiu reuniões com ministros de três pastas: Marcos Pontes - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Bento Albuquerque - do Ministério de Minas e Energia (MME) e Carlos Alberto Franco França – do Ministério das Relações Exteriores (MRE). No dia 21, Grossi e comitiva partiram do Brasil.
Fontes: CRCN-NE, IPEN e Sede CNEN.
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- 17/07/2021 - IPEN é exemplo de excelência em pesquisa e desenvolvimento na América Latina, diz diretor-geral da AIEAA visita de Rafael Mariano Grossi e comitiva, em 17 de julho, fortaleceu histórico de parceria com a AIEA em projetos nas áreas de saúde, meio ambiente e indústria
A visita de Rafael Mariano Grossi e comitiva, em 17 de julho, fortaleceu histórico de parceria com a AIEA em projetos nas áreas de saúde, meio ambiente e indústria
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN-CNEN, recebeu a visita do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, na manhã de 17 de julho de 2021. Prevista inicialmente para 2020, a vinda de Grossi ao Brasil integra uma intensa agenda de encontros em diversas instituições de pesquisa e instalações nucleares do país, mas acabou sendo adiada devido à pandemia da Covid-19.
No IPEN, Grossi foi recepcionado pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da autarquia, Madison Coelho de Almeida, e pelo diretor do Instituto, Wilson Calvo. Para o diretor-geral da AIEA, o Instituto "é um exemplo de excelência em congregar capacidade em pesquisa, ensino e inovação com o compromisso de serviço à sociedade”.
Grossi ressaltou a importância histórica da participação dos pesquisadores do IPEN/CNEN em projetos desenvolvidos com a AIEA e a necessidade de superação de novos desafios. "Estou convencido de que o IPEN-CNEN tem um lugar privilegiado que necessita ocupar junto à Agência. Temos que pensar no futuro e articular, juntos, o trabalho do IPEN na nova agenda nuclear mundial, mais abrangente e desafiadora”, afirmou.
Pertusi e Almeida apresentaram os principais projetos estratégicos na área nuclear, com destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), "imprescindível para a autonomia nacional da produção de radiofármacos e democratizar seu uso para a população brasileira”, o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA), repositório de rejeitos radioativos de baixa e média intensidade, e o Laboratório de Fusão Nuclear (LFN), que ficará no complexo do RMB.
Também foi enfatizada a contribuição da CNEN para a formação de recursos humanos qualificados, por meio dos programas de pós-graduação oferecidos por quatro de sete unidades técnico-científicas da autarquia. Dentre eles, o Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN com a Universidade de São Paulo (USP), que em 45 anos de existência formou mais de três mil titulados (mil doutores e dois mil mestres) e é considerado de excelência pela Capes.
O IPEN/CNEN também se destaca pelo seu Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, o único stricto sensu nessa modalidade, no Brasil. Iniciado em 2019, oferece duas áreas de concentração: Medicina Nuclear e Radiofarmácia e Processos de Radiação na Saúde. Os primeiros mestres do programa serão formados neste ano de 2021, e a terceira turma começa no mês de agosto.
Para o diretor do IPEN/CNEN, Wilson Calvo, a visita técnica de Grossi ao Instituto demonstra a importância dos investimentos da AIEA em projetos nacionais, regionais e coordenados de pesquisa. "O compromisso institucional, ao receber esses recursos, e também de outras agências de fomento, é transformá-los em ciência que se reverta em inovação, capacitação e produtos tecnológicos que atendam a políticas públicas com utilização da energia nuclear”.
Vice-diretor geral do Departamento de Ciências Nucleares e Aplicações da AIEA por anos, Aldo Malavasi Filho, professor aposentado do Departamento de Genética da USP e fundador da Biofábrica Moscamed Brasil, ressaltou a importância do IPEN/CNEN como repositório de quadros na Agência. Citou vários pesquisadores do Instituto "que ofereceram valiosa contribuição com suas atividades para a AIEA”.
Desde os anos 1980, Grossi é o terceiro diretor-geral da AIEA a visitar o IPEN-CNEN. Hans Blix (1981-1997) e Mohamed ElBaradei (1997-2009) estiveram em visita às instalações do Instituto.
Tour pelo Campus
Acompanhado de Pertusi, Almeida e Calvo, Grossi conheceu o Espaço Cultural Marcello Damy, onde foi descerrada uma placa alusiva à sua visita ao Instituto. Em seguida, a comitiva se dirigiu à exposição "O IPEN e sua História”, ocasião em foram apresentados marcos científicos e tecnológicos realizados pelo IPEN/CNEN. Também estavam presentes coordenadores e gerentes dos Centros de Pesquisa do IPEN/CNEN.
Na sequência, os visitantes conheceram a unidade móvel de radiação, na qual será instalado um acelerador com feixe de elétrons para tratamento de efluentes, projeto apoiado pela AIEA, FAPESP, CNPq, FINEP e NUCLEP. Marcos Rodrigues, engenheiro da Truckvan e responsável pelo projeto, acompanhou a comitiva. A visita se encerrou com um tour pelo campus do IPEN-CNEN. Durante o trajeto, Wilson Calvo apresentou as principais linhas de atuação de cada um dos 11 Centros de Pesquisa e as parcerias com a AIEA.
Grossi conclui sua agenda no Brasil nesta segunda-feira, 19, no Rio de Janeiro, visitando a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e a sede da CNEN.
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- 10/06/2021 - Campanha IPEN Solidário realiza a entrega do primeiro lote de doaçõesIniciativa de servidores do IPEN, a ação permanece ativa e arrecadou cestas básicas que atenderam a 36 famílias da comunidade 1010, no Rio Pequeno
Iniciativa de servidores do IPEN, a ação permanece ativa e arrecadou cestas básicas que atenderam a 36 famílias da comunidade 1010, no Rio Pequeno
A campanha IPEN Solidário realizou a entrega do primeiro lote de doações no último dia 10 de junho, quinta-feira, na sede da Associação Comunidade 1010, Rio Pequeno, São Paulo. Na ocasião, Marcos Bulula, responsável pela associação e Murilo Mascarenhas, representante da Central Única de Favelas (CUFA), receberam as doações entregues pelos colaboradores do Setor de Transportes da Divisão de Infraestrutura do IPEN (DINFR).
As doações arrecadadas permitiram o atendimento a 36 famílias cadastradas pela Associação que receberam as cestas na mesma data.
Os responsáveis pela campanha IPEN Solidário esperam que os demais servidores se sensibilizem e fortaleçam a campanha que permanecerá arrecadando até setembro. "A fome tem urgência e nós podemos fazer a diferença”, comentou a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Isolda Costa, uma das mais atuantes participantes do grupo.
A equipe do IPEN Solidário agradece a colaboração imprescindível para o êxito da ação aos colaboradores terceirizados e ao gerente do Setor de Transportes, Marcos Silveira, pela colaboração no recebimento, acondicionamento e entrega das doações.
Como participar
Todos podem colaborar na ação: servidores, colaboradores e simpatizantes. Os interessados participam doando cestas básicas padronizadas para a campanhano link IPEN Solidário, no site da empresa QualyCestas, após avaliação de preços e qualidade dos produtos pelo Grupo de Trabalho no Instituto.
Atenção: ao fazer a aquisição da cesta, é necessário confirmar como local para entrega o endereço do IPEN/CNEN:
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) - Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária – São Paulo/SP – CEP: 05508-000.
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- 18/12/2020 - Divulgação científica foi destaque na edição virtual do IPEN de Portas AbertasO IPEN de Portas abertas se reinventou em sua 14a. edição e tornou-se um evento on-line. O diretor do Instituto, Wilson Calvo, deu as boas-vindas, comentou sobre linhas de pesquisas que contribuem para o combate à Covid-19.
O IPEN de Portas abertas se reinventou em sua 14a. edição e tornou-se um evento on-line. O diretor do Instituto, Wilson Calvo, deu as boas-vindas, comentou sobre linhas de pesquisas que contribuem para o combate à Covid-19.
A primeira atividade foi um tour comentado às instalações do Reator Nuclear IEA-R1 conduzida por Ana Bonassa e Laura de Freitas, do canal Nunca Vi 1 Cientista. Frederico Genezini, físico responsável pelo Centro do Reator de Pesquisa, conduziu a visita gravada e, ao vivo, fazia novos comentários e esclarecia o público.Link para o vídeo do canal Nunca Vi 1 Cientista:A segunda atividade programada foi um bate-papo mediado por Rafael 'Teo' Garcia, do Centro de Combustível Nuclear. O tema foi uma sequência de pesquisas desenvolvidas e serviços do IPEN utilizando radiação e luz na área da Saúde. Participaram Daniel Perez Vieira, do Centro de Biotecnologia, Emerson Soares Bernardes, do Centro de Radiofarmácia, Martha Simões, do Centro de Lasers e Aplicações e Pablo Vásquez Salvador, do Centro de Tecnologia das Radiações.No encerramento, o diretor Wilson Calvo lançou o primeiro vídeo, "IPEN com N de Nuclear", da série "IPEN em Foco", resultado de bolsa FAPESP no Programa José Reis de Jornalismo Científico (Mídia Ciência) da física Adriana Miranda e produzido pela Via TV.Link para o vídeo IPEN com "N" de Nuclear -
- 16/12/2020 - Exposição de desenhos infantis 'O IPEN que eu imagino'A exposição virtual “O IPEN que eu imagino” é uma da 14ª. edição do IPEN de Portas Abertas, evento realizado pela primeira vez de forma virtual em 18 de dezembro de 2020
A exposição virtual “O IPEN que eu imagino” é uma da 14ª. edição do IPEN de Portas Abertas, evento realizado pela primeira vez de forma virtual em 18 de dezembro de 2020
Criatividade é essencial para a arte e para a ciência. Ambas necessitam de estímulo, de curiosidade, de ir além ao que já foi realizado. E estimular a imaginação e associá-la ao mundo da ciência e tecnologia foi um dos objetivos da realização da exposição virtual "O IPEN que eu imagino”.
Crianças até 12 anos, a maioria do universo familiar de servidores e colaboradores do Instituto, enviaram seus desenhos até 14/12. O resultado expomos nessa singela galeria. Que seja estímulo a jovens artistas e cientistas. Que a sensibilidade faça parte de suas vidas.
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- 30/11/2020 - ENQUALAB 2020 tem como tema tecnologias virtuais para gestão e operação de laboratórios metrológicosO evento on-line acontece de 30/11 a 2/12 e contará com exposição virtual, painel sobre metrologia das radiações ionizantes e seminário sobre metrologia legal
O evento on-line acontece de 30/11 a 2/12 e contará com exposição virtual, painel sobre metrologia das radiações ionizantes e seminário sobre metrologia legal
A 17ª edição do ENQUALAB 2020, Congresso de Qualidade em Metrologia, Laboratórios e Indústria, tem como principal tema as tecnologias virtuais aplicadas às práticas de gestão e operação de laboratórios metrológicos e processos de medição industriais. O evento, uma iniciativa da Rede Metrológica do Estado de São Paulo (REMESP) conta com 5 painéis com participação de representantes de institutos de metrologia, diversas palestras e uma inovadora feira virtual em que os participantes poderão interagir com realidade aumentada.
A física Maria da Penha Albuquerque Potiens, gerente do Centro de Metrologia das Radiações (SEGMR) do IPEN participa da comissão organizadora e do comitê científico do ENQUALAB 2020. Organizou o painel "Metrologia das Radiações Ionizantes: Ensaio de Proficiência no Brasil”, que acontece em 2 de novembro, às 10h com a participação de representantes do Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes (LANMRI), Laboratório de Calibração de Dosímetros do Centro do Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN), Laboratório de Metrologia das Radiações Ionizantes da Universidade Federal de Pernambuco (LMRI-DEN/UFPE), Laboratório de Produtos para a Saúde da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Metrobras.
Informações e inscrições no link: https://www.enqualab.net/
Inscrições para a exposição virtual são gratuitas.
Concomitante ao ENQUALAB 2020, acontece o 3º Seminário de Metrologia Legal, em 3 de novembro e de forma virtual.
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- 15/10/2020 - IPEN/CNEN adere à campanha 'Outubro Rosa' e adota blindagens cor-de-rosa para alguns de seus radiofármacosRevisão das blindagens para otimizar transporte terrestre foi a oportunidade para o Instituto se juntar à mobilização mundial de cuidados e combate ao câncer de mama
Revisão das blindagens para otimizar transporte terrestre foi a oportunidade para o Instituto se juntar à mobilização mundial de cuidados e combate ao câncer de mama
Principal produtor de radiofármacos no Brasil, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) se junta ao movimento "Outubro Rosa” e, pela primeira vez, adota blindagem cor-de-rosa permanente para alguns dos seus produtos, em referência à campanha cujo objetivo é compartilhar informações e promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, além de proporcionar maior acesso público aos serviços de diagnóstico e de tratamento.
Segundo Efrain Perini, chefe do Centro de Radiofarmácia do IPEN/CNEN, a ideia de inserir uma cor se originou da necessidade de uma nova identificação dentre as blindagens comerciais já existentes (azul e branca) no Instituto. "Nós revisamos os projetos das blindagens e embalagens dos radiofármacos com o objetivo de otimizar o transporte aéreo e terrestre dos materiais radioativos do IPEN. A cor rosa foi escolhida para que essa nova blindagem seja mais facilmente identificada durante a produção”, explica.
Além da motivação técnica, a opção pela cor rosa foi estrategicamente pensada para representar as ações do IPEN/CNEN quanto aos cuidados com a saúde das mulheres, em especial no combate ao câncer de mama, neoplasia maligna mais incidente (excetuando-se o câncer de pele não melanoma) – no mundo, em torno de 1,7 milhão de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama, a cada ano. "O IPEN se engaja nessa campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama dada a sua importância como maior Centro de Radiofarmácia do país e as pesquisas que realiza para a saúde da mulher, visando dois novos radiofármacos”, diz Perini.
"Especificamente, estamos falando do flúor[18F]-estradiol (FES-18F) e o HER2-18, para diagnóstico de câncer de mama e de colón de útero, sendo FES-18 já em fase de escalonamento para testes clínicos”, adianta Perini. Ele lembra que, atualmente, o exame mais comum para detectar neoplasia de mama é a mamografia e que, apesar de não fazer uso de radiofármacos, também utiliza técnicas nucleares, "área deexpertisedo IPEN, cuja missão é promover qualidade de vida à população brasileira e, neste caso, qualidade de vida e saúde às mulheres brasileiras”.
Pesquisa e inovação
O FES-18F possui características semelhantes ao estradiol e se liga aos receptores de estrogênio (RE), que se encontram "super expressos” em 75% dos casos de câncer de mama. De acordo com a pesquisadora Elaine Bortoleti, essa afinidade faz com que seja um radiofármaco promissor para utilização, pelo método não-invasivo de tomografia de emissão de pósitrons (PET), no diagnóstico de câncer de mama ER+, avaliando o tamanho do tumor, sítios da doença, e auxiliando no prognóstico do tratamento individualizado da paciente.
"Também pode ser utilizado para verificar o câncer de mama recidivo e monitoramento da doença com o tratamento hormonal”, acrescenta. Bortoleti orientou o mestrado da aluna Luiza Mascarenhas Balieiro, no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, que realizou o ciclo do desenvolvimento do radiofármaco FES-18F, promovendo a adequação do processo de produção e do controle de qualidade, e também realizando os estudos pré-clínicos em animais sadios e com desenvolvimento de modelo tumoral.
A próxima etapa será a realização de estudos clínicos, a partir de lotes piloto de produção, para demonstrar a eficácia e segurança desse radiofármaco e promover seu registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), adiantou Bortoleti. Na opinião de Perini, o FES-18F representará uma nova ferramenta da medicina nuclear, especialidade médica que vem crescendo exponencialmente no Brasil.
Diagnóstico preciso
Um quarto do número de casos de câncer de mama diagnosticados no mundo a cada ano – cerca de 1,7 milhão – expressa uma proteína chamada HER2, que confere aos tumores um alto potencial de metástase. A pesquisadora Sofia Santos, doutora em Oncologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), está desenvolvendo um radiofármaco específico para o diagnóstico por imagem molecular (SPECT/PET/CT) de tumores/metástases positivos para HER2.
Santos afirma que, apesar de haver tratamentos específicos para cânceres HER2 positivos – o anticorpo Trastuzumab é um deles, cada vez mais se tornam necessários métodos de diagnóstico capazes de identificar a presença da HER2 em tumores, para auxiliar na prescrição da melhor terapia para pacientes com câncer de mama. "Esperamos que esse radiofármaco que estamos desenvolvendo permita não só prever o nível de progressão da doença mas também ajudar no planejamento do tratamento e monitoramento da resposta à terapia”.
A pesquisadora integra a Radiotarget, que realiza suas pesquisas em conjunto com o Centro de Radiofarmácia do IPEN/CNEN foco na medicina nuclear, especificamente no desenvolvimento de novos radiofármacos de caráter diagnóstico e terapêutico. Por meio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (PIPE/FAPESP), a Radiotarget é umastartupincubada no IPEN, gerida pelo Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC), que desenvolve suas pesquisas no Centro de Radiofarmácia do Instituto.
Democratização da medicina nuclear
O IPEN é uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e tem o maior Centro de Radiofarmácia do Brasil, responsável por cerca de 90% dos radiofármacos distribuídos em hospitais e clínicas de todo o país. Nos últimos anos, vem modernizando suas instalações e, em parceria com a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul), possui um programa firmado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) para implantação plena das Boas Práticas de Fabricação.
Atualmente, o Centro de Radiofarmácia produz 25 radiofármacos usados em diferentes aplicações para diagnóstico e tratamento de câncer e outras disfunções do organismo. "Temos uma equipe comprometida com a produção segura e contínua de radiofármacos, serviço essencial e ininterrupto mesmo durante o período da pandemia da Covid-19, quando pudemos atender 100% pedidos mesmo durante os períodos mais críticos quando a malha aérea internacional estava frágil e dificultada”, salienta Perini.
Segundo ele, a campanha Outubro Rosa no IPEN/CNEN também é uma oportunidade de discutir a Proposta de Emenda à Constituição PEC 570, que trata da flexibilização na comercialização dos radiofármacos de meia-vida longa. "É importante uma ampla discussão dessa PEC para que a população se conscientize quanto aos desafios no acesso e democratização no uso dos radiofármacos no Brasil. O IPEN é comprometido com essa pauta, e é fundamental que o processo seja conduzido de forma transparente para a sociedade”, afirma.
Na visão de Perini, uma mudança na constituição poderá afetar diretamente o acesso público, preço, disponibilização e desenvolvimento de novos radiofármacos pelas instituições públicas como o IPEN/CNEN. "Infelizmente, hoje, menos de 30% dos procedimentos em medicina nuclear são pagos pelo SUS [Sistema Único de Saúde], e políticas públicas são necessárias para que os benefícios das aplicações dos radiofármacos cheguem a todos e a todas. Trata-se de uma questão de democratização da saúde e qualidade de vida”, diz Perini.
"O mais importante, nesta ação, é mostrar o compromisso do IPEN com a saúde pública, visto que somos uma instituição pública. Além da produção dos atuais 25 radiofármacos, também fazemos pesquisas e buscamos desenvolver novos radiofármacos e técnicas inovadoras para tratar essa e outras doenças, em estágios iniciais e mais avançados, em conjunto com relevantes instituições nacionais e internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica”, concluiu Isolda Costa, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do Instituto.
Outras ações
O IPEN/CNEN está trabalhando no desenvolvimento de uma técnica inovadora para cirurgia do câncer de mama, muito menos invasiva, que promete reduzir a morbidade e os custos para os sistemas de saúde do País, incluindo pacientes e hospitais. Essa é a meta do projeto "Técnica de marcação com sementes de Iodo-125 como localizador alvo para tratamento cirúrgico em câncer de mama”, coordenado pela pesquisadora Maria Elisa Chuery Martins Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN.
De acordo com a pesquisadora, será confeccionado um protocolo para o procedimento, visto que ainda não existe no país. "Nós vamos realizar a dosimetria do processo para calcular a dose no paciente, uma vez que não se encontrou literatura a respeito. A marcação correta minimiza a quantidade de tecido sadio que é retirado durante os procedimentos de tratamento de câncer. Esta diminuição gerará um menor tempo do paciente em sala durante o procedimento cirúrgico e disponibilidade de equipe”, afirma Rostelato.
Sobre o movimento– O Outubro Rosa teve início em 1990, em um evento chamado "Corrida pela cura" que aconteceu em Nova York, para arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. A mobilização ganhou adesão de instituições públicas e privadas, e outubro foi instituído como o mês de conscientização nacional nos Estados Unidos, até se espalhar para o resto do mundo. A primeira iniciativa no Brasil só aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, em São Paulo, com a iluminação cor-de-rosa do Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista.
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- 13/04/2020 - IPEN/CNEN-SP usa tecnologia nuclear para apoiar ações de combate à pandemia da Covid-19Instituto recebeu 1.500 máscaras confeccionadas na Comunidade de Paraisópolis para desinfecção por radiação ionizante; no total, serão produzidas 50 mil unidades
Instituto recebeu 1.500 máscaras confeccionadas na Comunidade de Paraisópolis para desinfecção por radiação ionizante; no total, serão produzidas 50 mil unidades
O IPEN/CNEN-SP segue contribuindo no combate à pandemia do novo coronavirus. Hoje à tarde, às 15h, pesquisadores do Instituto receberam do projeto "Costurando Sonhos”, da Comunidade de Paraisópolis, a primeira remessa de 1.500 máscaras para desinfecção utilizando radiação gama proveniente de Cobalto-60.
A parceria vai possibilitar a desinfecção das 50 mil máscaras que serão produzidas pelo projeto e distribuídas na própria comunidade, para que os moradores possam recebe-las e utilizá-las com total segurança. Todas as segundas-feiras serão levadas ao Instituto 1.500 unidades.
Segundo Suéli Feio, uma das idealizadoras do projeto, o acondicionamento das máscaras foi feito de acordo com as orientações do IPEN/CNEN-SP. As máscaras serão desinfectadas no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 do Instituto.
A esterilização de produtos para cuidados com a saúde por radiação ionizante atende à norma ISO 11137 e é uma das principais atividades do IPEN/CNEN-SP, por meio do seu Centro de Tecnologia das Radiações (CETER).
O Instituto participa de uma rede coordenada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e tem apoiado iniciativas de combate à pandemia atuando em várias frentes, sendo o processamento por radiação ionizante um dos serviços mais procurados.
Suéli e Maria Nilde Santos, a outra idealizadora do projeto, entregaram as caixas com as máscaras ao pesquisador Pablo Vásquez, responsável pelo Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 e Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do CETER.
Esta inciativa de ação social do IPEN/CNEN-SP foi apoiada pelas pesquisadoras Margarida Mizue Hamada, Gerente do CETER, e Isolda Costa, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto, e recebeu o aval do Superintendente do IPEN, Wilson A. Calvo.
A grande vantagem da radiação gama proveniente do Cobalto-60 é que é uma radiação cuja energia está abaixo do limiar de ativação da maior parte dos elementos. "Os objetos expostos à radiação gama na nossa instalação não têm contato com o cobalto-60 e não se tornam radioativos”, explicou Vásquez.
Além da esterilização e desinfecção de dispositivos médicos e de proteção individual, o IPEN/CNEN-SP pode apoiar irradiando materiais para serem reutilizados em caso de haver escassez, como ocorreu em países europeus, de acordo com Vásquez.
"Tudo indica que a crise provocada pela pandemia da Covid-19 levará à falta de insumos na área médico-hospitalar, especialmente no que se refere a máscaras cirúrgicas e máscaras do tipo PFF1-2-3 (N95, Peça Facial Filtrante) feitas com polímeros e filtros específicos. Com o processamento por radiação ionizante, o reuso será seguro”, afirmou Vásquez.
O projeto –"Costurando Sonhos” é uma iniciativa da Associação de Mulheres de Paraisópolis e tem como objetivo capacitar em corte e costura mulheres em extrema vulnerabilidade social e algumas com histórico de violência doméstica. Quarenta mulheres foram certificadas pelo SENAI-SP, que equipou e instalou uma sala de aula na comunidade.
No final de 2019, foi lançada a marca "Costurando Sonhos Brasil" e até um desfile na São Paulo Fashion Week (SPFW 2019). Mas, com a pandemia, veio o desafio de manter a equipe trabalhando em casa.
A confecção das máscaras só foi possível graças à atuação de vários parceiros, entre eles a União dos Moradores do Comércio de Paraisópolis, G10 das Favelas e equipe do SPFW, que conseguiram doações de tecidos. Além disso, algumas empresas concordaram em não cancelar os pedidos, o que garantiu salário de dois meses de toda a equipe trabalhando em casa.
Suéli ressalta que a colaboração com o IPEN chega "num momento muito difícil em que a gente está lidando com a morte”. "O IPEN fecha esse ciclo nos dando segurança. Vai chegar o produto feito com muito carinho, bom material e, principalmente, esterilizado e seguro”, ressalta.
Ela conheceu o trabalho do IPEN/CNEN-SP por intermédio da pesquisadora Mariana Moura, que integra o movimento Cientistas Engajados, cujo objetivo é constituir uma bancada do conhecimento nas instâncias formais da política brasileira. Segundo Suéli, Moura é "amiga da comunidade".
"Apesar de terem sido atacadas no último período, a realidade é que nossas universidades e instituições de pesquisa estão ajudando milhões de brasileiros, seja produzindo soluções mais rápidas para testar os pacientes suspeitos, seja pesquisando novos medicamentos e vacinas, seja, como nesse caso do IPEN, utilizando seus equipamentos para esterilizar máscaras que serão distribuídas nos bairros pobres de São Paulo”, comentou Moura.
Suéli não vê a hora de começar a distribuir o material entre os moradores. "No momento que eu entregar as máscaras, vou dizer: - Podem usar com segurança”. Como mencionei, essa parceria com o IPEN é muito importante para nós, ela fecha o ciclo, e a gente espera que isso ajude muito a nossa comunidade. Temos muitas famílias de sete, oito pessoas morando em dois cômodos, que ainda têm que trabalhar. Se não fosse o IPEN, a gente não conseguiria”, concluiu.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM, da Assessoria de Comunicação Institucional -
- 09/03/2020 - Homenagem ao Dia Internacional da MulherApós o êxito do "Encontro de Mulheres na Ciência", realizado no IPEN em 6 de março, o Instituto realizou uma homenagem às representantes femininas da comunidade que atua na instituição
Após o êxito do "Encontro de Mulheres na Ciência", realizado no IPEN em 6 de março, o Instituto realizou uma homenagem às representantes femininas da comunidade que atua na instituição
Um chocolate para adoçar o dia e um marcador de páginas alusivo à participação feminina na conquista do Ciclo do Combustível Nuclear que, em 2020, completa 60 anos de início de pesquisas na instituição. Essa foi a homenagem realizada no dia 9 de março, segunda-feira, pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado no domingo.
A entrega foi realizada a todas as mulheres que entraram no instituto entre 7h e 9h. Participaram da ação servidores do Serviço de Comunicação Institucional (SECOI) e os motoristas terceirizados do Setor de Transportes do IPEN. A homenagem delicada reveste-se de gratidão sincera pelo empenho com atuam e contribuem para o Instituto cumprir sua missão de atender a sociedade brasileira com produtos, serviços e pesquisas científicas e tecnológicas.
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- 09/03/2020 - IPEN sedia primeira reunião do FORO para Radiofarmácias Centralizadas com representantes de cinco paísesObjetivo é elaborar uma guia para licenciamento e inspeção de instalações de radiofarmácias a ser adotado pela comunidade internacional com chancela da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
Objetivo é elaborar uma guia para licenciamento e inspeção de instalações de radiofarmácias a ser adotado pela comunidade internacional com chancela da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
Representantes de cinco dos 12 países que compõem o Foro Iberoamericano de Organismos Reguladores Radiológicos y Nucleares (FORO) estão reunidos a partir desta segunda-feira, 9, até o dia 12, no IPEN/CNEN-SP, com o objetivo de formatar a elaboração de uma guia para licenciamento e inspeção de instalações de radiofarmácias a ser adotado pela comunidade internacional. É a primeira de três reuniões previstas especificamente para a Proposta FORO Iberoamericano de Radiofarmacias Centralizadas.
Nesta primeira reunião, serão debatidas a situação dos países no que diz respeito ao número de radiofarmácias atuais e futuras, bem como a descrição dos procedimentos correntes para a emissão de autorizações e inspeções, quando aplicáveis. De acordo com Samira Marques, da Coordenação-Geral de Instalações Médicas e Industriais (CGMI), essa Proposta do FORO ocorre em um momento "oportuno” para os países membros e vai possibilitar que adotem procedimentos padronizados e seguros nas instalações.
"O Brasil vive um momento de mudança de metodologia da distribuição de doses de radiofármacos e de uma crescente demanda por licenciamento de novas radiofarmácias centralizadas. A ideia do Foro é homogeneizar os requisitos da área para fazermos um licenciamento seguro e otimizado em conjunto com outros países membros, que também enfrentam essas questões”, acrescentou Samira, que trabalha na área específica de licenciamentos de cíclotrons e radiofarmácias do CGMI e coordena a reunião no IPEN.
O Foro foi criado em 1997 para promover alto nível de segurança em todas as práticas e atividades que envolvam fontes de radiação ionizante e materiais nucleares. Uma de suas ações centrais é o intercâmbio de informações e experiências relacionadas à segurança radiológica, nuclear e física. A entidade mantém colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e é composta por organismos reguladores de atividades nucleares e radiológicas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Nesta reunião no IPEN, não estiveram presentes os representantes de Espanha e Cuba, e o convidado dos Estados Unidos, esses dois últimos por restrição devido ao surto de Covid-19. Cada um dos presentes terá oportunidade de expor suas necessidades e os pontos de maior interesse nos procedimentos de licença e inspeção das instalações. "Os documentos da Agência Internacional de Energia Atômica, em conjunto com guias e modelos de alguns dos países participantes, podem servir como ponto de partida para o nosso trabalho”, comentou Samira.
O diretor-substituto da Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS) da CNEN, Alessandro Facure, é o representante do Brasil no Comitê Técnico Executivo do FORO. Ele deu as boas-vindas ao participantes e destacou o que considera "bons resultados e benefícios” para a região ibero-americana e América Latina, como, por exemplo, o SEVRRA (da sigla em espanhol paraSistema de Evaluación del Riesgo en Radioterapia), instrumento de análise de risco em radioterapia.
"O SEVRRA foi desenvolvido em uma reunião como essa e hoje em dia é utilizado não apenas no Brasil, mas, também, em outros países. Via de regra, os documentos que os projetos do FORO produzem, em sinergia com a Agência Internacional de Energia Atômica, têm sido convertidos emTechnical Documents(IAEA-TECDOC) da própria Agência, inclusive consideramos uma quebra de paradigma porque agora os documentos são desenvolvidos em espanhol e traduzidos para o inglês, para uso pela comunidade internacional”, explicou Facure.
Coordenador-geral de Instalações Médicas e Industriais da CNEN, Facure ressaltou o apoio do IPEN para a realização da reunião e a salientou a contribuição do Instituto para o desenvolvimento e produção de radiofármacos no Brasil. "Espero que trabalho seja conduzido da maneira mais eficiente possível e agradeço a acolhida do IPEN, por nos possibilitar o desenvolvimento do projeto aqui, onde temos a maior radiofarmácia do nosso país”.
Participam da reunião, além de Samira Carvalho e Alessandro Facure, Bárbara Rodrigues, Claudia Silveira, Patrícia Gasparian e Walter Fritz (Brasil), Aylinne Román(Chile), Yuri Roger Ravello Ratzenberg (Peru), Germán Rabi (Argentina), Mauricio Salvador Peralta (México) e Ronald Pacheco (AIEA). Não vieram Ana Blanes (España), Ramón Hernández (Cuba) e Luis Nieves (EUA). "Na quarta-feira, vamos fazer uma videoconferência com os representantes que não puderam vir”, disse Samira.
A reunião do FORO continua até quinta-feira, 12, no Centro de Ensino do IPEN. Nesta terça-feira, 10, os participantes visitarão o Centro de Radiofarmácia do Instituto, onde serão recebidos pelo pesquisador e gerente Efrain Perini. "Ao final da semana de trabalho, devemos ter definidos os pontos mais importantes e dividiremos as tarefas para a próxima reunião, que será no segundo semestre de 2020, na Espanha”, adiantou Samira.
Sobre o SEVRRA– Software desenvolvido com o objetivo de facilitar a avaliação do nível de risco dos serviços de radioterapia e padronizar as atividades regulatórias da avaliação da segurança radiológica dessa prática médica nos países membros da FORO e, consequentemente, na região ibero-americana, promovendo boas práticas com informações sobre arriscar. Sua metodologia básica permite identificar pontos fortes e fracos dos serviços de radioterapia, o que possibilita concentrar esforços na implementação de medidas de segurança, barreiras e redutores, para a prevenção e redução da ocorrência de acidentes.
Instituições/Países membros do FORO:
Argentina: Autoridad Regulatoria Nuclear (ARN)Brasil: Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
Chile: Comisión Chilena de Energía Nuclear (CCHEN)
Colombia: Ministerio de Minas y Energía (MINMINAS)
Cuba: Centro Nacional de Seguridad Nuclear (CNSN)
España: Consejo de Seguridad Nuclear (CSN)
México: Comisión Nacional de Seguridad Nuclear y Salvaguardias (CNSNS)
Paraguay: Autoridad Reguladora NuclearRadiológica y Nuclear (ARRN)
Perú: Instituto Peruano de Energía Nuclear (IPEN)
Uruguay: Autoridad Reguladora Nacional en Radioprotección (ARNR)